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Subseção Judiciária de Pouso Alegre

Subseção Judiciária de Pouso Alegre
Desenvolvido pelo escritório Mafra Arquitetura, o projeto da Subseção Judiciária de Pouso Alegre, Minas Gerais, prioriza a funcionalidade adaptada à realidade do serviço público. Imagens: Maquete Eletrônica Studio Deriva
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Subseção Judiciária de Pouso Alegre
Subseção Judiciária de Pouso Alegre

Prédio judiciário tem arquitetura funcional

Texto: Ana Marquez

A pedido da Justiça Federal de Minas Gerais, o projeto Subseção Judiciária de Pouso Alegre foi desenvolvido pelo escritório Mafra Arquitetura para ser uma edificação funcional, de fácil manutenção, esteticamente agradável e adaptada à realidade do serviço público.

“Para a caracterização do partido arquitetônico, avaliamos desde aspectos relevantes do local de implantação do edifício – não somente o terreno, mas o contexto urbano – até o caráter funcional da Subseção Judiciária”, conta o arquiteto e diretor Daniel Mafra.

Escolha do terreno

“O terreno escolhido tem uma área de mais de 7 mil metros quadrados, bastante generosa. Essa relação proporciona total liberdade para a implantação, o que permitiu trabalhar com condicionantes em relação à orientação solar das fachadas e a relação com o espaço urbano, favorecendo a liberação de grande área permeável”, relata.

Houve uma grande dificuldade comum a qualquer projeto para entidades públicas: conseguir realizar uma arquitetura de peso e, ao mesmo tempo, responsável com o orçamento público. Por isso, os arquitetos partiram para soluções plásticas e funcionais, sem tender para grandes experimentações arquitetônicas e estruturais.

A edificação está implantada possibilitando o aproveitamento das vistas, com orientação norte e sul para as áreas de uso permanente. Grandes panos de vidro, ora totalmente abertos, ora resguardados por brises, garantem conforto ao usuário.

Materiais da fachada e interiores

Os elementos predominantes nas fachadas são vidros laminados, utilizados na frente sul; pastilhas de cerâmica na cor fulget e o alumínio dos brises e das esquadrias. Todos escolhidos pela beleza, funcionalidade e durabilidade, além da questão da manutenção.

Já na área interna, o arquiteto utilizou granito e porcelanato nos pisos, forro mineral modulado e alguns elementos de destaque, como o revestimento em laminado de madeira nas paredes dos gabinetes dos juízes, para conferir ambientação diferenciada.

Layout e funcionalidade

“Este prédio tem um partido interessante e muito claro. Trata-se de uma caixa que repousa sobre o térreo e acomoda três varas judiciais distribuídas em três pavimentos – uma por andar – dispostos na estrutura principal do projeto. O térreo, que é o maior deles, acomoda todos os ambientes de uso comum”, explica Daniel.

A disposição espacial permite uma definição clara da identidade plástica do objeto com demarcação da hierarquia de uso. Ela valoriza as varas judiciais e os gabinetes dos juízes de várias maneiras: com possibilidade de fluxos bem-demarcados, de acordo com a demanda de utilização, e ao colocar em evidência a arquitetura do prédio em relação à cidade.

Inspiração modernista

“Nossa inspiração e influência são os grandes arquitetos modernistas, por criarem um estilo que representa uma quebra de paradigmas. O que justifica o fato de toda produção contemporânea ter o modernismo como pano de fundo”, finaliza o arquiteto.

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Área do terreno: 7.000 m²
  • Área construída: 3.500 m²

Ficha Técnica

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