O Bosque do Horto é um residencial de alto padrão localizado em Jundiaí, interior de São Paulo. Como o nome sugere, o empreendimento fica próximo ao Horto Florestal da cidade, sendo, portanto, dotado de belas vistas. Foram elas, inclusive, que nortearam o projeto arquitetônico assinado pelo escritório Reinach Mendonça Arquitetos Associados, convidado a criar o clube do condomínio.
O cenário ao redor da propriedade se resume a um terreno em declive, com vista para o norte e um belo lago. Ali, a equipe do estúdio deveria encaixar o programa de um clube, com todos os espaços voltados para a paisagem e, ainda, integrá-los à piscina, às quadras e às áreas de lazer logo em frente ao lote. “A implantação do volume deveria, basicamente, fundir-se à gleba existente”, reforçam os arquitetos Henrique Reinach e Mauricio Mendonça.
De acordo com eles, os clientes queriam uma edificação que conversasse com o exterior, mas que também se destacasse positivamente de outros projetos entregues pela incorporadora Cipasa Urbanismo.
Para isso, a lógica de acesso foi subvertida. Aproveitando a forte declividade do terreno, os profissionais definiram a entrada através do pavimento superior. Lá do alto, as pessoas usufruem da melhor vista do lugar. “A intenção da chegada por ‘trás’ do projeto era justamente essa: causar surpresa”, explicam Reinach e Mendonça.
O partido adotado para o clube do Residencial Bosque do Horto era de um abrigo único, que fosse fechado para a chegada, porém, aberto para a vista. Isso porque no pavimento superior (acesso) são realizadas as atividades mais individuais, como salões de jogos e academia de ginástica. Já no piso inferior acontecem as reuniões mais coletivas, como salão de festas e varanda – ambientes nos quais a paisagem é especialmente contemplada.
Dessa forma, na área de acesso, foi definido um volume térreo, com pé-direito simples, enquanto nas zonas de lazer surgem dois pavimentos vazados, acompanhados de varanda e pé-direito duplo. Segundo os arquitetos, o acesso pelo nível superior – que ocorre através de uma passarela suspensa – destaca o edifício do terreno, conduzindo o usuário para a varanda.
Este ambiente é um dos destaques do projeto, pois reúne, organiza e distribui os diversos espaços pelos dois andares. “É um elemento agregador tanto das áreas que estão no pavimento inferior entre si, quanto do piso de chegada”, comentam Reinach e Mendonça.
Tal como a maioria das cidades do interior de São Paulo, Jundiaí é uma terra de altas temperaturas. Além de conceber uma estrutura metálica leve, com áreas vazadas, os arquitetos propuseram a instalação de brises, que possibilitam a ventilação cruzada e, consequentemente, otimizam o conforto térmico do projeto.
Já as fachadas laterais são feitas em chapas cegas de alumínio, acompanhando a estrutura principal também pintada com a cor de aço corten. O restante são caixilhos de alumínio e vidro.
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