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Philips Workplace Innovation

Philips Workplace Innovation
Diferenciando-se dos escritórios convencionais, o projeto da Philips do Brasil implantou uma nova cultura de trabalho, integrada e funcional. Imagens: Luiz Fernando Macian
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Ambiente de trabalho inovador

Texto: Ana Marquez

O novo escritório da Philips do Brasil, subsidiária da Royal Philips Electronics, na Holanda, foi projetado em 2010 pelo escritório Andrade Azevedo Arquitetura, que implementou na sede brasileira uma nova cultura de trabalho.

“Seguimos as diretrizes do projeto desenvolvido na matriz, conhecido por Workplace Innovation (WPI). Esse novo conceito estimula a integração das pessoas, o uso da tecnologia de ponta e proporciona mais qualidade de vida. Tudo aliado à sustentabilidade nas atividades”, explica a arquiteta Cláudia Andrade.

Conceito que inova

Na nova imagem da empresa não há diferenciação estrutural hierárquica, e os funcionários podem escolher as áreas em que preferem trabalhar. Os espaços são diferenciados por níveis de formalidade, momentos que demandem trabalho em equipe ou concentração total.

“As pessoas têm mobilidade dentro do prédio, o que permite maior interação entre as diferentes áreas. Um dos andares do edifício é dedicado a serviços, como agência bancária, ambulatório, espaço para relaxamento e massagem, salas de treinamentos e lanchonete”, conta.

O projeto Philips Workplace Innovation tem como objetivo a transparência e o estímulo à criatividade, à inovação e ao bem-estar. Foram realizados estudos de viabilidade, contemplando diversos cenários e as adaptações à cultura brasileira e aos requerimentos legais. “Pensamos nos espaços como organismos vivos e em constante movimento”, declara a arquiteta.

Concepção do projeto

Diversas opções de layout foram propostas pelo projeto. Há o open worksettings, que são locais abertos para atividades rápidas, com conexão sem fio e mobiliário adequado ao período de permanência. O enclosed worksettings, que são salas pequenas, fechadas e individuais, para atividades que exijam silêncio e concentração; e os break out spaces, grandes áreas sociais de conveniência, propícias para um trabalho mais informal, com iluminação mais intimista.

“Quatro andares do edifício são ocupados pela Philips e dividem-se em quadrantes que agrupam as pessoas por afinidade de trabalho. Cada quadrante tem espaços abertos, privativos e de conveniência, além de tipologias diversas para salas de reunião em seu entorno imediato. Compartimentos individuais e fixos, localizados na entrada de cada andar, organizam a entrega das correspondências aos funcionários”, relata Andrade.

Iluminação essencial

Sendo a iluminação um dos segmentos de negócio da Philips, ela recebeu especial atenção no projeto. Após análise minuciosa, foi proposta uma atmosfera cenográfica para as áreas de convivência e uma mais delicada para as áreas de trabalho.

A indicação das circulações é clara e destaca as sancas, que utilizam luminárias decorativas Philips, associadas a LEDs em diferentes formatos. Os controles automatizados permitem a criação de diversos cenários de acordo com a necessidade dos usuários ou da atividade desenvolvida.

Fundamental nos novos conceitos de ocupação, a comunicação visual trabalha ativamente para o fortalecimento do branding. Com o intuito de evidenciar a marca, os arquitetos propuseram o uso das cores da empresa, como o branco e o azul logo na entrada. Uma abundância de cores compõe os espaços de circulação e de integração, criando uma atmosfera sensorial.

Nas áreas abertas destinadas ao trabalho individual de longa duração, optou-se por tons mais suaves, evitando o excesso de estímulo. Nas salas fechadas, destinadas a trabalhos com concentração, os arquitetos optaram por adesivos com estampa de nuvens, a fim de passar a tranquilidade necessária para a realização da atividade.

O projeto Philips Workplace Innovation foi pensado com base nos parâmetros para a obtenção da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Assim, os arquitetos optaram por soluções de iluminação, controle e ar-condicionado com o mínimo consumo de energia.

"As avaliações efetuadas antes e no primeiro ano após a mudança demonstraram que o nível de satisfação dos usuários em relação ao ambiente de trabalho subiu de 39% para 75%”, finaliza a arquiteta.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área construída: 8.000 m²

Ficha Técnica

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