O projeto arquitetônico do Corporate Jardim Botânico, assinado pelo escritório Baggio Pereira e Schiavon Arquitetura, tinha como um dos principais requisitos o eixo da sustentabilidade, mas sem perder o potencial construtivo.
“Nossa premissa foi utilizar recursos inovadores para fazer um edifício atual, que se destacasse na paisagem da cidade de Curitiba (PR). Um diferencial do projeto é o uso de diferentes sistemas de tecnologia para a otimização de diferentes fatores, resultando em um empreendimento sustentável e eficiente”, explica a arquiteta Paula Domingos Fraiz Morais.
Em primeiro lugar, houve uma grande preocupação por parte do escritório com a eficiência energética. Cada fachada foi tratada de forma diferente, conforme as suas especificidades e a incidência solar. A fachada norte, por exemplo, conta com brises horizontais que geram sombras, reduzindo, assim, o consumo energético com sistemas de refrigeração.
Nas demais fachadas do Corporate Jardim Botânico, foram utilizados vidros serigrafados, de pele dupla e inclinados. A escolha do material possibilitou uma fachada unitizada, com maior visibilidade e aproveitamento da iluminação natural. O vidro utilizado nas áreas com maior incidência de sol foi também revestido com serigrafia para permitir a entrada de luz natural, projetando sombra sem perder a visibilidade e reduzindo, desse modo, os gastos com ar-condicionado.
O maior pano de vidro foi direcionado para o sul porque, como não há incidência de radiação direta do sol, não foi necessário utilizar segunda pele. “O importante, nesse caso, foi empregarmos um vidro de alta eficiência energética, que ajudasse no controle das trocas de temperatura entre áreas internas e externas. No inverno, por exemplo, quando a cidade apresenta temperaturas mais baixas, o material não permite que o frio transpasse para o edifício, viabilizando o conforto térmico”, relata a arquiteta.
Já para o projeto de iluminação do Corporate Jardim Botânico, os arquitetos optaram por equipamentos com alta eficiência energética, buscando economia de energia, mas sempre com uma boa qualidade de luz.
O paisagismo segue a linha contemporânea do prédio. “Utilizamos recursos de reaproveitamento de água da chuva para irrigação e elementos da vegetação nativa. A laje do piso térreo elevado foi aproveitada para os jardins, facilitando a manutenção”, conta Paula.
O prédio foi construído em concreto armado, apoiado em pilares revestidos de granito, o que combina com o grande uso de vidro. “O conceito que nos guiou para projetar o Corporate Jardim Botânico foi a junção de um design contemporâneo com a questão sustentável. A ideia do programa de interiores segue o mesmo conceito contemporâneo do exterior”, conclui.
Escritório
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