Concebido para usufruto de duas gerações de uma família, o projeto da casa de campo tinha como premissa a formação de espaços de convívio amplos, com grandes aberturas para entrada de luz e ventilação naturais, além do uso de materiais, cores e texturas que remetessem ao colorido da paisagem. “A segunda casa é frequentemente aquela em que queremos nos refugiar da vida urbana, buscando um espaço mais amplo para reflexão e lazer com amigos e família, e um contato mais próximo com a natureza. Esses aspectos serviram de ponto de partida”, explica a arquiteta responsável pelo projeto Isis Chaulon.
As áreas sociais da Residência VD, localizada em uma fazenda na região interiorana de Porto Feliz (SP), organizam-se em volta da área da piscina. “Essa área de lazer se abre totalmente para o grande jardim, integrando-se com o cenário da exuberante vegetação da fazenda”, destaca.
De acordo com Isis, o maior desafio do projeto arquitetônico, além de vencer o grande vão livre de 12 metros do living, foi encontrar a estrutura ideal para encaixar os volumes da casa. “Para executar a sobreposição dos volumes foi necessária uma estrutura especial e complexa. Foram feitas muitas maquetes de estudos e croquis. Além disso, para ter o resultado esperado da parede de granito bruto e das aletas dos caixilhos de madeira das fachadas, foram necessários vários protótipos”, explica a arquiteta, que destaca a pedra e a madeira como materiais centralizadores e que dialogam com o entorno.
A Residência VD recebeu automação no projeto de iluminação do living, do deck da área de lazer, da piscina e para irrigação do jardim.
A arquiteta também ressalta a economia de energia como uma grande preocupação no projeto. “Todos os ambientes recebem entrada de luz natural através de domus, onde não foi possível a colocação de janelas. A ventilação do living é cruzada para dispensar o uso de ar-condicionado, enquanto o aquecimento da piscina é feito através de placas de energia solar, localizadas estrategicamente na cobertura da casa para não diminuir a área verde do jardim”, explica. Além disso, a morada conta com sistema de captação de água de chuva.
Para a decoração de interiores, foram escolhidos móveis, tecidos, luminárias e objetos que criam uma atmosfera acolhedora e confortável, ao mesmo tempo em que conversam com a linguagem da arquitetura da casa. “Como o casal proprietário é despojado e dinâmico, a troca entre arquiteto e cliente foi muito interessante e rica. Eles participaram ativamente do processo de criação, sempre expondo seu desejos e anseios que hoje estão aparentes no projeto”, destaca.
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