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Residência em Campos do Jordão

Residência em Campos do Jordão
A inspiração dos escritórios Mareines Arquitetura e Patalano Arquitetura para a Residência em Campos do Jordão veio do pinhão, semente das araucárias típicas da região. Imagens: Leonardo Finotti
Residência em Campos do Jordão
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Da semente nasce a arquitetura

Texto: Ana Marquez

Para fugir da arquitetura em estilo alpino típica da região de Campos do Jordão, os arquitetos Ivo Mareines (Mareines Arquitetura) e Rafael Patalano (Patalano Arquitetura) buscaram inspiração na vegetação local, especialmente nas araucárias e sua semente, o pinhão.

Vimos no formato do pinhão a inspiração para o nosso projeto. É uma forma aerodinâmica e bem orgânica Rafael Patalano

“Encontramos no formato do pinhão a inspiração para o projeto arquitetônico da Residência em Campos do Jordão. A semente possui uma forma aerodinâmica e bem orgânica, a partir da qual definimos a cobertura e a estrutura da casa. A morada ganhou contornos de uma elipse”, conta o arquiteto Rafael Patalano.

“Queríamos fazer algo diferente, por isso fomos diversas vezes à cidade estudar o local e sentir o que a terra pedia”, complementa o sócio e também arquiteto Ivo Mareines.

Terreno define projeto

O processo de criação da cobertura foi algo desafiador para os arquitetos. “Geometrias complexas, normalmente, são feitas ou com muita tecnologia, que não temos ainda no Brasil, ou de forma artesanal, que foi como escolhemos trabalhar”, comenta Patalano.

A casa nasce em harmonia com o terreno, que tem duas declividades: uma um pouco mais baixa, localizada na entrada que dá acesso ao projeto, e a outra na parte mais plana.

“O nosso objetivo inicial era não derrubar nenhuma árvore desse refúgio natural. A Residência em Campos do Jordão está em uma região que possui uma floresta tombada que não pode ser alterada, e o levantamento dos espécimes vegetais foi fundamental para colocação e composição da casa”, explica Mareines.

Madeira, pedra e vidro

Por ser um lugar de clima frio, a casa precisaria proteger, aquecer e acolher os moradores. Para isso, os arquitetos usaram como materiais madeira, pedra e vidro. O projeto tomou a forma desses elementos.

Localizada em uma região de clima montanhoso, a casa precisaria acolher os moradores e oferecer ambientes aconchegantes e quentes Foto: Leonardo Finotti

A casa é toda feita em estrutura metálica e recebeu materiais naturais que envelhecem bem com o tempo. "Usamos a madeira e a pedra para aquecer e o vidro para integrar com a paisagem e trazer luz para o interior”, relata Patalano.

“Esse tipo de estrutura foi fundamental para os vãos e para mantermos os grandes balanços. Há balanços de quase dez metros na parte frontal e posterior da casa”, complementa Mareines.

Controle da temperatura

A Residência em Campos do Jordão acompanha as curvas da cobertura, que, por sua vez, tem dupla curvatura e é feita de telha de taubilha. “O telhado é todo feito em estrutura metálica e por cima colocamos um compensado naval, o impermeabilizamos e adicionamos isolamento térmico e acústico”, diz Patalano.

O formato aerodinâmico do projeto propicia ventilação natural, mas, para não haver muita troca de temperatura com o exterior, foi necessário utilizar alguns isolamentos térmicos.

“Escolhemos materiais adequados para o clima local e que ajudam a manter a temperatura. Além disso, complementamos com calefação e uma lareira, que aquece boa parte da casa”, comenta Mareines.

O uso extensivo do vidro nas faces de maior incidência de sol também promoveu um aquecimento passivo dos ambientes internos, sem necessidade de um algo gasto de energia.

"Além disso, criamos formas ativas de aquecer o ambiente, como o forno lareira italiano que está na sala e os aquecedores de ambientes e do piso, principalmente nos banheiros e no SPA”, detalha Patalano.

Layout alternativo

Fomos diversas vezes para Campos do Jordão, estudar o local e sentir o que a terra pedia Ivo Mareines

A Residência em Campos do Jordão possui uma divisão pouco tradicional. O escritório eliminou a possibilidade de um corredor de distribuição e projetou uma experiência mais dinâmica. “Criamos algo mais escultural, formas curvas que se abrem e se fecham ao longo do percurso”, ressalta Mareines.

O andar social, que possui pé-direito triplo com quase nove metros de altura, conta com sala de estar, sala de jantar, lareira, SPA, banheiro, cozinha, cinema e suíte. O andar semissubterrâneo possui uma adega, enquanto o andar superior conta com quatro suítes. No último pavimento encontra-se o escritório residencial. As escadas foram substituídas por rampas.

A morada também possibilita um contato bastante estreito com a natureza do entorno, tanto por seu formato, quanto por suas aberturas e percursos. De acordo com os arquitetos, a estética orgânica da residência é um dos seus grandes diferenciais. Diversos elementos contribuíram para isso, como os materiais naturais, a cobertura curva e a sua inserção num ambiente de densa natureza.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2016
  • Área do terreno: 3.110 m²
  • Área construída: 1.300 m²

Ficha Técnica

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