Com projeto arquitetônico que combina o contemporâneo e o clássico, a casa de shows VIVO Rio destaca-se na noite carioca. O espaço foi projetado na década de 1940 por Affonso Eduardo Reidy, construído no final 1990 e em 2016 foi revitalizado pelo arquiteto Albert Sugai.
Uma vez que o exterior da casa é tombado pelo patrimônio histórico, não podendo sofrer qualquer interferência, Sugai reformou apenas o interior. A intenção era modernizar, mas mantendo a mesma segurança e bem-estar de sempre.
A revitalização dos espaços internos baseou-se em três programas simultâneos: reforma de halls, criação de espaços institucionais para a VIVO e comunicação visual.
Para o primeiro, foi escolhido um design diferenciado, prático e funcional, respeitando o conceito original da obra de Reidy, e minimizando as intervenções posteriores de infraestrutura.
Na criação de espaços institucionais para a VIVO também se procurou explorar o design. Os ambientes foram integrados com a intervenção do retrofit e com valores da marca, que foram representados com brasilidade, sofisticação e qualidade.
Para finalizar, a comunicação visual seguiu a linha discreta de forma que os dois primeiros itens ficassem em destaque.
Ao entrar na casa de shows VIVO Rio – que tem capacidade para 5 mil pessoas –, o público é recebido por uma atmosfera acolhedora e menos poluída visualmente. Nessa entrada, Sugai retomou a clareza da proposta inicial de Reidy e sua brasilidade. “Ao longo dos anos este projeto havia sido descaracterizado devido a adaptações de segurança e climatização”, explica.
Outro aspecto importante das mudanças foi o impacto sensorial, com alterações de cores frias para quentes. Para o layout, optou-se por uma forma mais clara e compreensível de funcionalidade e compreensão do espaço, além de torná-lo mais aconchegante e sofisticado.
Madeira e palhinha foram utilizadas para resgatar a tradição da casa de shows VIVO Rio. A modernidade no local ficou por conta do alumínio cor champanhe nas paredes. Um detalhe importante é que a marca VIVO foi utilizada pela primeira vez em branco sobre um fundo de aço enferrujado, que marcou de forma sutil a entrada. A cor oficial, púrpura, ficou apenas nos detalhes de iluminação, destacando a modernidade da empresa, além de certa sofisticação.
“Fizemos um grande forro onde se esconde toda a estrutura do foyer central, AC eletrocalhas, sistemas etc., em madeira e palhinha que inunda o espaço com uma luz muito agradável”, conclui o arquiteto.
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