Um escritório aberto. Assim desejava o arquiteto Jeferson Hernandes quando começou a idealizar o projeto arquitetônico da própria empresa, a Une Arquitetura, em Maringá/PR. Ao definir o espaço dessa forma, permitiu que ele ganhasse praticidade e funcionalidade, ao mesmo tempo em que reforçou a sugestão do nome do estúdio: unir colaboradores e ambientes.
O escritório ocupa o térreo de um edifício residencial, localizado em uma importante região da cidade. De fluxo intenso, a área se caracteriza pela notável arborização, bem como pela presença de residências e estabelecimentos comerciais dos mais diversos segmentos. Ao lado do acesso do edifício, a Une Arquitetura se apresenta de esquina, com uma grande vitrine expondo livros, fotografias de obras e maquetes. No lugar de uma porta de correr de vidro, a porta pivotante – feita de aço corten – indica a entrada do estúdio e revela o estilo industrial da sala.
Uma das necessidades do projeto era alocar a sala de reunião – um ambiente indispensável para o dia a dia da equipe de arquitetos. Como o espaço já existia e era consideravelmente limitado, muitas ideias foram propostas até chegarem à solução ideal. O recurso de Hernandes foi executar um mezanino, que dá privacidade ao local e mantém o térreo (recepção, sala de espera, área de criação, arquivo, banheiro e copa) completamente aberto e integrado. “Isso foi possível porque optamos por uma estrutura em viga I, que corta toda a extensão do ambiente, sem a necessidade da instalação de pilares no pavimento principal”, explica.
Agora, a estrutura fica atirantada, deixando a parte inferior do escritório com a circulação livre. “Dessa maneira, promovemos a troca de conhecimento e de informações entre nossos colaboradores”, enfatiza o arquiteto. Somando mais 15 m² à planta original, o mezanino para a sala de reunião possui fechamento de vidro e também facilita a comunicação visual dos profissionais entre os dois patamares.
O acesso à sala de reunião se dá por uma escada metálica com pisadas de madeira. No interior, o espaço é decorado com quadros de alguns trabalhos do escritório. “Eles dialogam com elementos do urbanismo da cidade”, define Hernandes.
Algumas medidas ressaltam o caráter industrial do escritório. Além das estruturas metálicas aparentes, o pé-direito alto de 5,4 metros é enfeitado por pendentes, antes comuns nas fábricas. Eles descem sob uma escultura – executada em ferro – com formato inusitado. “A altura ainda permite maior incidência de iluminação natural nos ambientes”, finaliza Hernandes.
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