A sincronia do programa é favorecida pelo terreno em suave aclive que orienta a concepção de três níveis – todos vencidos por rampas e escadas de auxílio, garantindo a facilidade de acesso para o grande fluxo e atendendo usuários com mobilidade reduzida.
Enquanto as principais atividades coletivas acontecem no térreo – entrada, pátio, refeitório e palco –, o nível de 1,35 m compreende as 12 salas de aula. Já as atividades especiais como salas de música, arte, leitura, dança, brinquedos e informática ficam no plano de 3,20 m.
“O grande desafio foi garantir que todas as salas de aula se relacionassem com o jardim externo por meio de terraços cobertos que se comportam como a própria extensão das salas. Assim, vislumbram-se atividades didáticas que extrapolam a dimensão interna tão corriqueira”, explica o arquiteto Leonardo Shieh.
Uma vez que toda a circulação entre as salas ocorre ao redor do pátio, era latente a preocupação em criar espaços arejados e bem iluminados. Shieh conta que “o amplo pátio central com pé-direito de 7,5 m tem aberturas que permitem a ventilação cruzada e de efeito chaminé, bem como a entrada difusa de luz natural que banha os espaços depois de refletir nas superfícies brancas da estrutura e telha. Além disso, as salas de aula têm generosas janelas voltadas para o meio externo e espaço central”.
A proteção solar da face oeste da edificação também merece destaque. Recebeu brises de aço galvanizado perfurado, dispostos 2 m à frente das janelas das salas especiais. Este interstício, juntamente com o beiral do telhado, atua como resguardo da área de embarque e desembarque dos automóveis.
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