Com uma charmosa e imponente volumetria, o projeto da Casa MP – assinado pelo escritório Studio Arthur Casas – revela uma verdadeira fusão entre arquitetura e natureza. A residência está localizada no Condomínio Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista (SP), e dispõe de uma vista belíssima do seu entorno, no qual se faz um presente um campo de golfe.
O projeto foi implantado em um lote de 3.243 m² com um declive bastante acentuado. “O projeto tirou partido da inclinação, e a casa é escalonada e transita gradualmente das áreas íntimas nos patamares superiores para os espaços comuns no térreo”, disse o arquiteto Arthur Casas.
Usando o desnível a favor da Casa MP, Casas desenvolveu um programa de aproximadamente mil metros quadrados de área construída que se torna praticamente imperceptível desde a rua.
O único volume que pode ser avistado da rua é formado por uma caixa revestida de madeira, com grandes aberturas em vidro – as quais possibilitam uma visão panorâmica da paisagem. “Nesse nível superior, a casa aparece apenas como um intrigante volume em cumaru com uma grande porta em corten”, comenta o arquiteto.
Segundo Casas, dois importantes pedidos dos moradores foram para que a Casa MP recebesse boa iluminação e tivesse a vista do campo de golfe incorporada ao projeto. Assim, a morada recebeu muitas aberturas, que tanto aproximam a paisagem campestre quanto propiciam a passagem de luz natural, favorecendo a eficiência energética e o conforto térmico.
Posicionadas no andar superior, as cinco suítes da residência abrem-se para generosos terraços protegidos por pérgolas em balanço que acentuam a integração com o exterior.
Já no nível inferior encontram-se as áreas comuns. De um lado está a sala dominada pelo duto suspenso da lareira, revestido em limestone, contínua à cozinha gourmet e aberta ao pátio interno com jardim vertical. Do outro, estão o spa e o home theater, o qual funciona como trampolim pairando sobre a piscina.
“Utilizei materiais naturais orgânicos como madeira, cumaru de manejo sustentável e tijolo antigo proveniente de demolição”, afirma Casas.
O deck em madeira cumaru dá a volta por toda a piscina de borda infinita, revestida internamente com pedra limestone e, nas bordas, com mármore travertino. A Casa MP é revestida com tijolos de demolição em paginação, que trazem uma textura interessante à construção.
Para compor o design de interiores da residência, Casas usou peças icônicas de Jorge Zalszupin, arquiteto e designer polonês naturalizado brasileiro, e do artesanato brasileiro, como a cadeira de Seu Fernando, da comunidade alagoana Ilha do Ferro. “As fibras naturais e tonalidades quentes privilegiam o conforto desta casa acolhedora, que joga com a interação entre verticalidade e horizontalidade para fundir arquitetura e paisagem”, conclui.
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