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Escola FDE Jardim Ataliba Leonel

Escola FDE Jardim Ataliba Leonel
Para explorar a imaginação das crianças, o escritório SPBR Arquitetos conciliou diferentes níveis do terreno da Escola FDE, acomodando o programa em três platôs de diferentes alturas. Imagens: Nelson Kon
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Aberta à imaginação

Texto: Ana Marquez

“A nossa missão no projeto da Escola FDE foi criar um lugar para as crianças, que contribuísse para o universo da imaginação”, conta o arquiteto e autor do projeto, Angelo Bucci, do escritório SPBR Arquitetos. Localizado em São Paulo, o terreno do projeto conta com relevo acentuado, característico da área onde a escola está implantada, e oferece vista panorâmica do bairro, principalmente na vertente oposta do vale. A extensa área é marcada pelo verde da mata de preservação que predomina nas cotas mais altas.

Para executar o projeto, o arquiteto conta que houve a necessidade de conciliar os diferentes níveis do terreno e das ruas, por isso sugeriu a adoção de uma nova topografia com três platôs em diferentes alturas. “A área mais alta marca o acesso dos estudantes em igualdade com o pátio coberto. A área intermediária leva à administração. Por fim, entre os dois, em um platô artificialmente rebaixado, encontra-se a quadra poliesportiva que serve aos estudantes nos horários de aula e à cidade nos finais de semana”, explica.

Concepção das salas de aula

As salas de aula foram dispostas em um único nível elevado, com galerias de acesso perimetrais próximas às fachadas leste e oeste, que descortinam a paisagem circundante e revelam os espaços internos da escola.

“As galerias atravessam toda a extensão do terreno horizontal sobre variações de escala que marcam os três platôs perto do chão. Sobre a quadra poliesportiva foram acomodadas a escadaria, a praça de acesso às aulas e as passarelas metálicas atirantadas na estrutura de aço da cobertura. Esse último acesso representa o prolongamento das galerias das salas de aula. As duas fachadas longitudinais e as galerias são protegidas por painéis que atenuam a incidência do sol e da chuva”, relata Angelo.

O vazio do platô inferior é o espaço de comunicação entre a escola e a comunidade. “A partir do vazio, das passarelas que o atravessam e do ponto de vista que se abre para a paisagem, os meninos poderão se situar no mundo”, finaliza.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2003
  • Conclusão da obra: 2004

Ficha Técnica

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