A topografia íngreme do terreno aparece neste projeto residencial como desafio e como diferencial. Idealizada pelo escritório PJV Arquitetura, a Casa DS teve sua forma definida em função da extrema inclinação do lote, situado em Jaraguá do Sul (SC), e também do aproveitamento da paisagem local.
Pablo José Vailatti, arquiteto responsável pelo projeto arquitetônico, conta que uma das soluções adotadas foi organizar o programa em três níveis.
No nível mais baixo, localizado na porção norte do lote, está a garagem. No nível intermediário, que também pode ser acessado pelo nível da rua devido ao desnível lateral, está a área social da residência, com sala de estar, jantar e cozinha balcão, além de lavabo e área de serviço.
No pavimento superior, estão dispostos a suíte do casal e mais dois dormitórios, todos com acesso ao terraço lateral, que se localiza sobre a laje de cobertura do pavimento intermediário e de onde os moradores podem apreciar a vista livre do entorno.
A forma da casa é resultado de um desenho feito por linhas retas e simples, por volumes retangulares que se articulam, respeitando e adaptando a obra à topografia do terreno Pablo José Vailatti
“A forma da casa é resultado de um desenho feito por linhas retas e simples, por volumes retangulares que se articulam, respeitando e adaptando a obra à topografia do terreno, ao mesmo tempo que busca explorar a vista da paisagem e a técnica construtiva do concreto armado, bem como a estética do concreto aparente”, contou Vailatti.
Com 195 m² de área construída, a morada possui uma atmosfera moderna e instigante, mas com a preocupação de trazer conforto e bem-estar aos seus moradores. A começar pelo ambiente social que, fechado com vidro, recebe muita iluminação e ventilação natural e está conectado a um jardim lateral e ao jardim posterior da residência – uma forma de trazer o verde para os ambientes de maior permanência.
Disposto sobre o pavimento social, o pavimento superior criar dois balanços, um para frente e outro para trás. O balanço frontal protege a entrada principal da residência, enquanto o balanço posterior cria um espaço de convivência coberto e aberto, totalmente conectado à área social interna e ao jardim da parte posterior do terreno.
Na fachada frontal o arquiteto criou uma abertura horizontal, protegida por um brise em alumínio preto, que permite a entrada de luz, sem, contudo, comprometer a privacidade dos moradores.
Na Casa DS, o cimento queimado aparece em todo o piso do ambiente social e, junto com o concreto aparente das vigas e da escada, confere uma estética moderna e minimalista ao projeto. Para a sustentação da escada foram utilizadas barras em aço, pintadas na cor preta. Já a estrutura da casa é de concreto armado.
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