Após reforma, os dois andares que abrigam o escritório de advocacia Guedes Nunes Oliveira Roquim – localizado em um edifício projetado na década de 80 em São Paulo pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha – mantiveram as características da construção original. “Seu diferencial é justamente o modo como foi pensado, propondo uma intervenção que valorizasse e respeitasse a arquitetura deste edifício de grande valor arquitetônico histórico”, ressalta um dos autores do projeto, o arquiteto Gustavo Panza, do escritório Piratininga Arquitetos Associados.
Com a intervenção, a vontade do cliente foi atendida plenamente. De acordo com Panza, a solidez aliada à agilidade e modernidade deveria estar impressa no escritório. “O projeto deixa bem claro o que faz parte do edifício e o que caracteriza a reforma, diferenciando espacialmente e cronologicamente seus momentos no contexto histórico”, destaca.
Para atender as necessidades de um escritório de advocacia, a compartimentação de espaços privados era a solução almejada. “Criamos uma estrutura metálica independente para construção das divisórias, deixando a laje superior e suas instalações livres. Os fechamentos buscaram o equilíbrio ideal entre privacidade e transparência com atenção especial para a questão acústica. A ligação entre os dois andares é feita internamente por uma escada, também metálica, ladeada por uma estante contínua que ocupa o pé-direito duplo”, explica o arquiteto.
Junto ao metal da estrutura, o vidro também predomina. “Esses dois materiais foram usados como gabarito e suporte (estrutura metálica) e vedações de ambientes (vidro)”, detalha.
Um piso elevado foi instalado no terraço da cobertura para sombrear a laje. “Para complementar, o projeto paisagístico valorizou a vista para o Parque do Ibirapuera ao mesmo tempo em que protegeu as salas da diretoria da insolação”, enfatiza Panza.
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