Com nome inspirado no dialeto indígena “trovão vermelho”, o Shappa Burguer está presente na cidade de Leme (SP). Em 2018, os proprietários convidaram o escritório Paola Cimarelli Landgraf Arquitetura para desenvolver um projeto arquitetônico que carregasse influências indígenas criando um clima de curiosidade e contemplação.
A proposta da casa é bem clara: uma hamburgueria artesanal em um espaço que apresenta na decoração elementos e costumes da cultura referenciada. Além disso, os proprietários também precisavam aguçar as sensações dos clientes a partir dos próprios ambientes da casa.
A reformulação exigiu a idealização de uma cozinha adaptada à produção dos lanches e sanitários acessíveis. “Nossa maior dificuldade – por se tratar de uma reforma – foi a adaptação da área da casa de gás. Como solução, armários ao longo do recuo que disfarçam as tubulações”, explica a arquiteta Paola Cimarelli.
O projeto conta com 180 m² implantados em um terreno estreito. Com isso, a equipe de Paola optou por inserir a cozinha aos fundos e interligar o espaço com o salão principal através de um corredor largo – também utilizado como apoio no atendimento aos clientes.
No Shappa, o escritório explorou objetos de decoração, como bambus, espécies de vegetação, quadros com pinturas indígenas, cocar, borduna, maracá e arco e flecha. No quesito materiais, madeira, concreto aparente e bambu se destacam. Todos esses elementos ficam ainda mais em evidência por conta da iluminação, ora intensa ora intimista, já que a ideia era criar um clima de curiosidade e contemplação em uma experiência única aos clientes.
As mesas bistrôs com tampos de placas cimentícias que compõem o ambiente externo foram desenhadas pela arquiteta exclusivamente para o projeto. Para a cobertura, telhas metálicas deram um toque industrial. Já nos banheiros, as cubas de pedra e a madeira petrificada foram acomodadas sobre o mármore retroiluminado.
“É um projeto bem provido de cores vibrantes! Eu esperava me cansar, mas pelo contrário, esses ambientes estimulam muita alegria e criatividade”, conta a arquiteta.
Marcando a passagem da área externa para a interna, o público é surpreendido pela fachada composta por uma trama metálica que faz o fechamento do estabelecimento. Ainda na área externa, uma parede de pedras protegidas por uma tela metálica e um caminho de pedras realçam a área das mesas ao a livre.
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