Logo Construmarket
Banner

Aeromóvel de Porto Alegre

Aeromóvel de Porto Alegre
Com design distinto e simples, Aeromóvel de Porto Alegre inspira-se na via de Jacarta, Indonésia, para interligar o Aeroporto Salgado Filho à estação do metrô com trecho de 1 km. Imagens: Marcelo Donadussi
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre
Aeromóvel de Porto Alegre

Legado para o transporte

Texto: Ian Vieira

O Aeromóvel de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é considerado um projeto único no país. Construído como parte das obras urbanas para a Copa do Mundo FIFA 2014, o partido deixa um legado para o transporte da cidade ao interligar – em um trecho de 1 km – o terminal 1 do Aeroporto Salgado Filho (INFRAERO) à estação ao lado do metrô (TRENSURB).

A OSPA Arquitetura e Urbanismo trabalhou no desenvolvimento do design da via elevada – desde o estudo preliminar até o projeto executivo e detalhamento das formas – e nos projetos executivos das duas estações do trajeto, a partir do estudo preliminar feito pelo escritório Ado Azevedo Design.

“O grande desafio consistiu na apresentação de uma solução técnica que evoluísse o design original da via de Jacarta, na Indonésia, propondo uma forma de otimizar não só sua estrutura, como também sua manutenção", explica a equipe de arquitetos do escritório.

Organização do programa

Ao longo do trajeto, o entorno não apresentava nenhum ordenamento e padrão construtivo. Para isso, foi necessário organizar esse espaço, uma vez que a via deveria ser lida como um elemento distinto e de simplicidade exemplar, não como uma forma exótica.

Os arquitetos detalham que a forma da via é o resultado do acolhimento da aleta, que é empurrada pela corrente de ar produzida pelos Grupos Motopropulsores (posicionados próximos às estações), acarretando em uma grande viga caixão. A forma externa se dá, também, pela preocupação com o acúmulo de detritos ao longo da sua vida útil.

"Nesse caso, as estações se encontram nas extremidades da via, apresentando uma separação evidente entre o pavimento térreo – onde fica a área técnica com os Grupos Motopropulsores, que asseguram o funcionamento do veículo – e o pavimento da plataforma, localizado no mesmo nível da via. Dessa forma, a TRENSURB tem conexão direta com a área paga do sistema de metrô de superfície, evitando a necessidade de catracas para acesso, enquanto a estação próxima ao aeroporto apresenta não só os bloqueios, como também a central de segurança".

Intervenções sem interromper o fluxo urbano

O projeto considerou que a obra estava sobre áreas públicas, como ruas e linha do trem, o que exigia uma execução sem interromper o fluxo urbano. Dessa maneira, o uso de estruturas pré-fabricadas foi essencial não só para diminuir o tempo total de obra, mas também a duração da intervenção em cada setor do percurso.

“Já as estações apresentam pilares e plataformas em concreto armado, e sua estrutura superior recebeu perfis de aço, com fechamentos em vidro e coberturas em telhas termoacústicas. Todos os materiais foram escolhidos para atender ao requisito do tempo de obra e garantir o máximo de eficiência e conforto possível aos usuários", contam os arquitetos da OSPA.

Redução da incidência solar

A concepção da estrutura das estações obedeceu tanto a requisitos técnicos quanto de implantação das áreas da TRENSURB e INFRAERO. Uma dessas condicionantes relacionava-se à redução da incidência solar.

“Para atender a essa questão, nós adotamos o vidro reflexivo. As coberturas, por exemplo, foram propostas com telha termoacústica. Já a infraestrutura no térreo, como os Grupos Motopropulsores, geradores e subestações, inspirou grandes preocupações acústicas, solucionadas por meio de painéis isolantes e atenuadores", ressalta a equipe da OSPA.

Outro aspecto importante é que as estações respeitam as normas técnicas, em especial a NBR 9050, sendo providas de acesso por rampa e sinalização tátil. Tanto elas, quanto os veículos, são totalmente acessíveis.

Escritório

  • Local: RS, Brasil
  • Início do projeto: 2011
  • Conclusão da obra: 2013
  • Área construída: 808 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados