A ideia inicial para o Museu do Meio Ambiente, projetado pelo escritório Mira Arquitetos, foi valorizar a identidade de uma cidade por meio das relações que se estabelecem entre a arquitetura e a paisagem. “Intervir preservando o inegável valor patrimonial do jardim botânico no Rio de Janeiro constituiu uma das dificuldades na realização do projeto”, expõe o arquiteto Luís Eduardo Loiola.
Para modificar o espaço sem intervir na preservação do meio ambiente, o escritório utilizou soluções como a cobertura ecológica que aumentam o desempenho térmico do edifício, reduzindo o ganho do calor. O brise-soleil também contribui para o conforto térmico, pois proteger o interior da incidência direta dos raios solares.
“O entorno foi o elemento estruturador da proposta arquitetônica porque fornece os principais recursos para a implantação do novo conjunto”, comenta a arquiteta Maria Cristina Motta, sócia do escritório.
Trata-se de uma superfície de 137 hectares que abriga a área cultivada do arvoredo. Tendo em vista as características da área, definiu-se uma implantação que integra os novos edifícios altera minimamente o território e responde com sustentabilidade às questões urbanísticas e topográficas da região.
“A necessidade de coabitação harmoniosa com o entorno tão delicado determinou todas as novas edificações em sua horizontalidade máxima, com absoluto controle das escalas de projeto”, relata Luís.
A estratégia de gestão ambiental definida pelo escritório oferece respostas que abrangem as principais esferas de sustentabilidade. “Camada de ar ventilada nas fachadas, ventilação cruzada em todos os ambientes e águas pluviais captadas pela cobertura – com direcionamento para as cisternas de armazenamento e reutilização posterior na irrigação e em vasos sanitários –, foram soluções adotadas”, explica a arquiteta.
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