A história do Vale dos Vinhedos e do vinho será contada no edifício que abrigará o “Memorial e Atelier Valduga”, em homenagem à família de mesmo nome. O conhecido sobrenome na região pertence a pioneiros na produção do produto desde o período da imigração italiana para o Brasil, no final do século 19 e início do século 20. O museu também mostrará a evolução da técnica de produção e a diversidade de marcas, tipos e produtos existentes.
Será um terceiro tempo em termos de tecnologia expositiva, novos usos e imagens no cenário de produção de vinho, simbolizando o século 21 em todos os aspectos arquitetônicos, técnicos e estéticos Marcelo FerrazO Instituto J. Valduga idealizou a construção do museu ao lado da vinícola, em Bento Gonçalves, com projeto realizado pelo escritório Brasil Arquitetura. A edificação totalmente nova, versátil e flexível promoverá um rico diálogo com os demais edifícios da propriedade e representará a terceira geração.
“Será um terceiro tempo em termos de tecnologia expositiva, novos usos e imagens no cenário de produção de vinho, simbolizando o século 21 em todos os aspectos arquitetônicos, técnicos e estéticos”, revela o arquiteto Marcelo Ferraz. O projeto representará um marco definitivo na história da produção vinícola brasileira.
A construção retangular apresenta formas puras constituídas por um design limpo, mas, ao mesmo tempo, racional e poético. A concepção espacial pauta-se e inspira-se em premissas e conteúdos básicos apresentados nos documentos elaborados pelo estúdio Resgatar, que atende a anseios e intenções dos dirigentes do Instituto J. Valduga.
No programa estão previstos cinco pavimentos com alguns pisos escavados na rocha. Assim, o próprio terreno fornecerá um dos materiais mais usados na construção do pavilhão: a pedra basáltica. Vidro e concreto pigmentado também fazem parte do escopo.
Na arquitetura de interiores, os arquitetos apostam na madeira de reúso de antigos tonéis para compor a cenografia, o mobiliário e os forros acústicos.
A 'cave ateliê' é um equipamento conectado à criação e à pesquisa na produção de vinho e espumante de alta qualidade. O espaço estará aberto à visitação, promovendo uma 'viagem' ao mundo do vinho. Trata-se de um museu vivo, um ponto culminante do passeio Marcelo FerrazArte, cultura, ciências, história, entre outros segmentos, farão parte do Memorial do Vinho, uma vez que o edifício oferecerá espaços para encontros e exposições temporárias. A iniciativa promoverá de forma dinâmica o vale dos vinhedos em circuitos novos e abrangentes da cultura no panorama nacional e internacional.
Enquanto os pavimentos superiores estarão divididos entre o memorial e os espaços destinados a encontros e exposições temporárias, os andares subterrâneos abrigarão uma adega ateliê. Escavada no subsolo rico em rocha basáltica, ela será um complemento do Memorial do Vinho, mas representará também um fundamento.
“A 'cave ateliê' é um equipamento conectado à criação e à pesquisa na produção de vinho e espumante de alta qualidade. O espaço estará aberto à visitação, promovendo uma 'viagem' ao mundo do vinho. Trata-se de um museu vivo, um ponto culminante do passeio”, conta Marcelo.
O Memorial e Atelier do Vinho vai além da simples ideia de um espaço feito para as pessoas verem antiguidades. Ele nasce para ser um museu com projeto moderno e revolucionário para a região, a exemplo do Museu do Futebol e do Museu da Língua Portuguesa, que não contam apenas histórias do passado. O público poderá, por meio da tecnologia, interagir com o produto e terá os cinco sentidos despertados logo na chegada. Dinâmico, o espaço aliará o que há de mais moderno em tecnologia e interatividade.
O projeto tem recursos da Lei Rouanet e grandes expectativas de tornar-se um marco na história da produção vinícola brasileira.
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