Como tornar a tolerância palpável? Este era o desafio do escritório Frentes Arquitetura ao representar no projeto do Museu da Tolerância a importância exigida pelo tema. Ele pretende instalar pela primeira vez na América Latina uma escola aberta a todas as raças e credos, esclarecendo os danos causados pela intolerância, responsável pelo sofrimento e extermínio de milhões de seres humanos.
Nesse contexto, surge um edifício que reúne opostos e antíteses. Uma homenagem à capacidade de tolerarmos uns aos outros. “Trata-se de um monumento à liberdade e ousadia”, resume Juliana Corradini.
A projeção do edifício de 20 mil m² com estrutura metálica e balanço de 30 m mostra-se audaciosa ao avançar em um grande vão livre de 40 m, exibindo generosas proporções. “A grandiosidade será construída pelas pessoas que o frequentarem, aproveitando sua sombra para debates em contato com a natureza, cruzando o vazio pelas rampas que costuram o espaço na esperança de fechar cicatrizes incuráveis, convivendo com o diferente”, filosofa a arquiteta Juliana Corradini.
A pele de chapa metálica expandida galvanizada a fogo confere translucidez ao edifício, protegendo as fachadas norte e noroeste da incidência solar. Internamente, o conjunto será revestido por vidro temperado. “A exceção é a fachada da Biblioteca na face sudeste, constituída somente por vidro temperado transparente, que privilegia a vista da mata do Instituto Butantã”, explica o arquiteto José Alves.
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