Concluída em 2017, a nova escola da Fundação Bradesco, localizada em Osasco (SP), teve seu projeto arquitetônico assinado pelo Shieh Arquitetos Associados, que foi vencedor do concurso organizado pela instituição em 2015.
Desde o início a proposta era dar nova vida a um edifício já existente, recuperando sua estrutura a partir de sistemas construtivos adequados para projetos escolares.
Na fachada, o edifício conta com a inclusão de pré-sombreamento, contribuindo com a eficiência térmica e com a filtragem de luz para as salas de aulas. Para isso, os arquitetos usaram uma chapa de alumínio expandida, afastada 75 cm em relação à fachada já existente.
Esse sistema é dividido em módulos articulados que, além do aproveitamento da luz solar, oferece praticidade de manutenção e limpeza. Além disso, é fixado através de estrutura metálica auxiliar que também apoia um piso em grade, que serve de galeria técnica contínua para limpeza e manutenção.
Os profissionais tiveram de lidar com o desafio de acomodar um grande fluxo de estudantes em um edifício vertical com uma limitação de pátios. A solução foi organizar as salas de aula nos pavimentos mais baixos. Assim, no térreo inferior, estão a praça de entrada e o refeitório e, no primeiro pavimento, estão acomodadas sete salas de aulas. O segundo pavimento abriga outras 10, totalizando 17 salas. Já as salas de uso especial, como biblioteca, laboratórios e salas de estudos, ficam no terceiro pavimento.
“A fachada frontal, onde está localizado a biblioteca, parece se debruçar sobre a rua, convidando as pessoas que passam por ali a usufruir da escola”, comenta o arquiteto Leonardo Shieh.
Para organizar a chegada dos alunos, os arquitetos criaram, no térreo inferior, uma praça de convívio, que também acomoda os jardins. A principal vantagem dessa praça é conseguir estimular a interação entre os estudantes, o que, seguramente, acaba impactando na aprendizagem.
O projeto também conta com grandes átrios verticais, escadas internas, passarela de entrada e integração no térreo inferior com o pátio e o jardim. Para a criação dos átrios centrais, foi necessário demolir parcialmente dois trechos de lajes frontais, permitindo, assim, arejar a verticalidade do edifício existente. Além disso, os átrios estão cobertos por sheds de iluminação e ventilação, e, por serem abertos na lateral, propiciam ventilação cruzada.
A fim de garantir acessibilidade à nova escola, os arquitetos propuseram a substituição da passarela em concreto, que era muito íngreme, por uma de estrutura metálica que avança mais adentro do projeto. As salas de aula são feitas de vidro, com frestas de circulação de ar e absorção de som.
“A questão da eficiência acústica recebeu nossa total atenção. Adotamos pistas alternadas com forro de gesso liso e forro de gesso perfurado, que vão da direção do professor até o fundo da sala”, conclui Shieh.
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