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Escola Vera Cruz

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A reforma da Escola Vera Cruz, em São Paulo, reuniu um time de arquitetos e engenheiros que buscou modernizar os espaços atendendo, sobretudo, às demandas educacionais. Imagens: Pedro Vannucchi
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Identidade pedagógica

Texto: Nuri Farias

Fizemos o edifício de artes e a reforma do térreo. No conjunto do EM, mexemos, sobretudo, na área de esporte e na cantina. Todas essas obras estão relacionadas ao Plano Diretor elaborado junto com a direção da escola Marina Grinover

Um concurso fechado realizado em 2008 pela equipe pedagógica da Escola Vera Cruz, em São Paulo, definiu os escritórios de arquitetura responsáveis por desenvolver o projeto arquitetônico de reforma da instituição, que é referência de ensino na capital paulista.

Assim, as arquitetas Marina Grinover e Catherine Otondo, sócias do Base Urbana, assinaram o trabalho em parceria com os arquitetos Jorge Pessoa (Pessoa Arquitetos) e Sérgio Kipnis (Kipnis Arquitetos Associados).

O plano diretor requeria aumentar e renovar os ambientes das cinco unidades da Escola Vera Cruz (Pré-escola, Ensino Fundamental 1 (EF1), Ensino Fundamental 2 (EF2), Escola de Inglês e Ensino Médio (EM), localizadas nos bairros da Vila Madalena e da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. Apesar de ter incluído todas as unidades, o programa priorizou aquelas que tinham maiores problemas espaciais, como as que atendem ao Ensino Fundamental 2 e ao Ensino Médio.

Sobre o restauro dos edifícios, a arquiteta Marina Grinover revela que começaram pelo do EF2, ampliando os espaços que acolhem professores e funcionários. “Fizemos o edifício de artes e a reforma do térreo. No conjunto do EM, mexemos, sobretudo, na área de esporte e na cantina. Todas essas obras estão relacionadas ao Plano Diretor elaborado junto com a direção da escola”, explica, complementando: "Todas as obras tiveram um condicionante importante, que foi o tempo. A escola não podia parar de funcionar para que as intervenções acontecessem, então toda a estratégia de projeto foi pensada em função do tempo das férias e de como liberar espaço no período em que as crianças estivessem frequentando a escola".

Ateliê de artes

O edifício da sala de artes, localizado na sede do EF2, foi um dos focos da primeira etapa do retrofit, que envolveu três fases. A construção envolveu a demolição de pequenas construções que ficavam anexas ao prédio principal. No lugar delas, foram criados galpões e pavilhões que podem ser usados para diversos fins, oferecendo a flexibilidade que o ambiente pedagógico requer. Os novos espaços serão usados como sala de artes, laboratório, área administrativa ou técnica, com uma multiplicidade de ações embutidas na estratégia do projeto.

Blocos de concreto foram implantados nos novos edifícios, e uma estrutura de madeira foi construída para sustentar as duas lajes e a coberturaFoto: Pedro Vannucchi

A arquiteta conta que o bloco de concreto foi usado apenas nas paredes laterais, em conjunto com a estrutura de madeira, para sustentar as lajes e a cobertura dos edifícios. “O bloco é o material usado na estrutura dos prédios já existentes, por isso também usamos nas construções novas. A madeira entra como elemento contemporâneo na reforma do conjunto como um todo”, diz.

Antes, as salas de artes estavam no meio do pátio do térreo, se misturando a outras atividades. “Desafogamos o que estava apertado, e a escola ganhou outra qualidade para o pátio, um grande lugar do encontro”, fala Grinover.

Eficiência energética

Em nenhum ambiente existe ar-condicionado – salvo o laboratório de informática. Os edifícios foram concebidos sempre com ventilação cruzada, sombreamento das fachadas críticas, norte e oeste, vegetação para equalizar a umidade do ar e grandes planos de janela. “Nós adotamos essa diretriz ao estudar a arquitetura dos prédios existentes. Ao reformá-los, aprimoramos o sistema”, explica a arquiteta.

No caso do edifício novo de artes, estudamos a insolação e desenhamos um painel brise de madeira maciça, fixo, que permite a visibilidade do exterior com sombreamento total nos períodos críticos do dia e do ano Marina Grinover

Dentro desse conceito de qualidade ambiental, de baixo impacto energético e aproveitamento da ventilação natural, os materiais de acabamento e o sombreamento das fachadas tem papel fundamental. “Fizemos um estudo para as unidades existentes e redesenhamos os brises, completando o conjunto com o mesmo modelo”, menciona Grinover.

“No caso do edifício novo de artes, estudamos a insolação e desenhamos um painel brise de madeira maciça, fixo, que permite a visibilidade do exterior com sombreamento total nos períodos críticos do dia e do ano”, complementa a arquiteta.

Parceria de sucesso

A parceria entre os escritórios de arquitetura criou uma equipe de vários projetistas, que trabalharam de acordo com as demandas do cliente. O engenheiro Hélio Olga (ITA Construtora) foi responsável pelo processo construtivo do projeto. A rapidez da obra decorreu da utilização de estruturas pré-fabricadas, blocos de concreto e fechamentos de caixilhos.

Além da preocupação com os custos e prazos da obra, os arquitetos buscaram atender às demandas pedagógicas tão essenciais para a comunidade escolar.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2013
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área do terreno: 3500 m²
  • Área construída: 500 m²

Ficha Técnica

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