Na cidade de Guaynabo, Porto Rico, o escritório da Ericsson, que atua no ramo das comunicações, ocupa uma área total de 900 m² em um dos andares de um prédio comercial. O projeto ganhou arquitetura e decoração dos sócios Roberto Loeb e Luis Capote – do escritório Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo. Eles reproduziram instalações aparentes, a exemplo das executadas por eles em 2009 no Centro Ericsson, edifício da empresa em São Paulo, no Brasil.
“Reproduzimos esta solução para aproveitar o pé-direito alto existente, de 3,90 m, do piso à laje, sem forro, e, ao mesmo tempo, demarcar espaços. Nas áreas de maior densidade de pessoas e de circulação essa altura máxima foi mantida; já nas salas individuais e de reunião, foram utilizados volumes com pé-direito mais baixo, com 2,5 m com o objetivo de preservar a amplitude e a qualidade acústica desses ambientes, como caixas”, explica o arquiteto Roberto Loeb.
As instalações aparentes são indicadas para uso industrial, comercial e em escritórios por causa da flexibilização que oferecem ao usuário, caso haja necessidade de mudanças no layout ou no tipo de uso e ampliação. Mas as semelhanças entre a Ericsson brasileira e a portorriquenha param por aí.
Além de transmitir os valores da empresa, por meio da flexibilidade dos espaços e da transparência, foi escolhida uma gama de cores presentes no manual de identidade visual da companhia. Luis Capote explica que as tonalidades se assemelham à cultura local. “São cores quentes que representam a cultura, a culinária, as especiarias e o folclore da região, criando uma forte identidade com o jeito de viver dos moradores”, diz.
Funcional, o layout com plataformas lineares e espaços amplos facilita a comunicação entre todos “Nas salas individuais e de reunião foram utilizados volumes com pé-direito mais baixo, com 2,5 m com o objetivo de preservar a amplitude e a qualidade acústica desses ambientes Roberto Loeb os funcionários e, principalmente, em relação aos visitantes. Em nome dessa integração, os arquitetos criaram um projeto com conceito de open space, para que o ambiente seja entendido de forma única e facilite os percursos internos no escritório.
A luz natural amplamente aproveitada e o contato com o exterior foram priorizados durante o planejamento, uma vez que esses são aspectos diretamente relacionados à qualidade do trabalho em ambientes de escritório. Outra solução relacionada à funcionalidade do espaço foi a substituição do uso do piso elevado por postes de cabeamento, localizados nas laterais das plataformas de trabalho. Isso permite que os cabos caminhem aparentes pelo teto, facilitando futuras alterações de layout e de pessoas. A vantagem econômica das instalações aparentes e da iluminação natural, segundo Loeb, é a redução dos custos operacionais.
Dentre as demandas iniciais exigidas pelo cliente e cumpridas pelo projeto está a necessidade de um espaço capaz de comportar toda a equipe de forma adequada, com salas de reunião para diferentes números de pessoas; presença de algumas cabines telefônicas (phoneboots); copa para funcionários; café que permitisse reuniões informais e sala exclusiva para as mães amamentarem seus filhos.
O fato de a obra estar localizada na região do Caribe também exigiu a adequação a algumas particularidades, “porém não houve dificuldades na execução, pois contamos com o grande apoio da empresa – uma equipe de facilities e arquitetura – nas decisões”, conta Capote. “Mesmo com a distância, conseguimos uma boa interação com projetistas, gerenciadora e construtora – todas elas locais.” O que explica o fato de até mesmo o mobiliário ter sido comprado em empresas de Porto Rico.
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