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Livre e aberta, a nova sede da Credicitrus cultiva a transparência como o elemento mais importante, tanto em sua arquitetura quanto em suas atividades corporativas. Imagens: Divulgação Dupré Arquitetura
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Liberdade e transparência

Texto: Gabrielle Victoriano

A nova sede administrativa da Credicitrus, com mais de 40 mil cooperados, localizada na cidade de Bebedouro, tem arquitetura horizontalizada e integrada ao entorno. De acordo com Nelson Dupré, autor do projeto e titular da Dupré Arquitetura, houve a preocupação de que o partido construído ao lado da atual área ocupada pela empresa não sobrepujasse as edificações circundantes, predominantemente de dois pavimentos.

Situada no canto da cidade, próxima à Catedral, a sede conta com amplas áreas verdes e com elementos visuais replicados em todas as 50 unidades operadas como agências bancárias e distribuídas em cidades do interior do Estado de São Paulo. Os materiais reforçam o elo da instituição com a terra e mostram a clara preocupação com as questões ligadas à sustentabilidade.

Sua fachada promove o sombreamento por meio de telas tecidas em aço inox, que têm por objetivo garantir a redução do uso dos sistemas de climatização. O uso abundante do vidro nos fechamentos internos e externos promove a transparência máxima. “É um prédio livre, muito aberto. E essa liberdade de fora para dentro e de dentro para fora é palpável e sensível. Provavelmente a transparência é o elemento mais importante desse prédio”, reflete Nelson Dupré.

É um prédio livre, muito aberto (...) Provavelmente a transparência é o elemento mais importante dele Nelson Dupré

Sustentabilidade: Selo AQUA

Orientado de forma sustentável, o projeto foi a primeira agência bancária do Brasil a receber a certificação AQUA (Alta Qualidade Ambiental). A construção demonstra aspectos sustentáveis desde a fase de programa, passando pela concepção até a realização do empreendimento, sendo orientada para proporcionar conforto e bem-estar a usuários e funcionários.

A arquitetura moderna inclui fartas áreas envidraçadas, espelhos d'água e jardins na fachada que contribuem para refrescar a construção. Nelson Dupré conta que, durante a concepção, o prédio passou a ter sobreposição de andares. “A intenção era poder obter o maior arejamento possível da edificação dentro do terreno”.

O conforto térmico no interior é garantido, também, pelos brises em aço inox e vidros de alto desempenho térmico. Trata-se de uma sobrefachada afastada um metro de distância das fachadas de vidro e fixadas em um sistema que permite a circulação externa para limpeza e manutenção das jardineiras, presentes nessas passarelas. Esses cuidados evitam o uso excessivo do ar condicionado, embora o sistema seja dotado de alta eficiência energética, capaz de economizar energia e preservar os recursos naturais.

Reúso de água

“Tenho praticamente cem por cento do edifício captando água, uma água de reúso que é utilizada na cascata ligada na fachada. Todos os elementos foram tratados para trazer características de sustentabilidade não só do ponto de vista dos materiais, mas energético, acústico e de conforto ambiental”, declara o autor do projeto.

A sobrefachada fica afastada um metro de distância das fachadas de vidro e fixada em um sistema que permite a circulação externa para limpeza e manutenção das jardineiras presentes nessas passarelas Foto: Divulgação Dupré Arquitetura

Novo programa

Por ser uma cooperativa de crédito agrícola, suas instalações assemelham-se às de uma instituição financeira, com atividades administrativas e técnicas de inteligência que dão sustentação às operações. Além das áreas administrativas, integram o programa um auditório, restaurante, terraço na cobertura, serviços, estacionamentos e jardins em todos os andares.

Com o prédio de seis andares situado em uma esquina, de um lado localiza-se a entrada de automóveis, que também permite o acesso de pedestres através de uma abertura secundária. Do outro lado da fachada principal, fica a recepção principal e a entrada para o auditório: ambas com fachada verde.

No sexto pavimento, a cobertura oferece um grande espaço de uso comunitário. Uma das extremidades é ocupada por jardins, espelhos d'água e zona de refeitório com cozinha de atendimento. Na outra, onde fica o acesso à circulação vertical, encontra-se o lounge que também acessa outra área de jardim com terraço coberto e protegido.

Todos os elementos foram tratados para trazer características de sustentabilidade não só do ponto de vista dos materiais, mas energético, acústico e de conforto ambiental Nelson Dupré

Imagem corporativa

A Credicitrus atende a cooperados ruralistas e se fundamenta, basicamente, como uma entidade ecológica. Nelson Dupré declara que, do ponto de vista da arquitetura, era importantíssimo mostrar esse conjunto de elementos: a sustentabilidade e a integração ao meio no qual a edificação está localizada. “Assim, procuramos revelar os valores da cooperativa – transparência e solidez – por meio da concepção arquitetônica. É uma forma de a empresa se mostrar absolutamente transparente para os usuários.”

Econômica em sua execução, operação e manutenção, a obra demonstra uma preocupação desde a forma como foi feita a interferência no terreno, de maneira a tirar dele a menor quantidade possível de terra, até o final, com a implantação de todo o sistema de mobiliário.

Materiais naturais

Os materiais predominantes são o vidro, o concreto aparente, a cerâmica, as telas de aço inox galvanizados e o aço cortén, todos naturais. Para evidenciar a transparência, as aberturas dos espaços são fechadas do piso ao teto por vidros. E até mesmo o espaço externo contempla guarda-corpo de vidro. “Por ser transparente, a visualização de todo o entorno é sempre muito ampla”, explica Dupré.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2011
  • Conclusão da obra: 2014
  • Área construída: 9.300 m²

Ficha Técnica

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