O Plano Diretor de Intervenções para a reformulação estrutural e arquitetônica da Assembleia Legislativa de Santa Catarina passa por três etapas: Anexo Norte, Anexo Sul e Auditório. Este último é idealizado com o programa que compreende um auditório com capacidade para 500 pessoas, foyer em pilotis, parlatório, ‘escada solene’, além da readequação do estacionamento e dos espaços internos – recepção, setor de protocolo, plenarinho e salas de reunião de comissões.
O auditório surge como protagonista da retomada da grande esplanada cívica – parte da edificação original e que dá acesso às dependências de uso público.
“O fato é que com o passar dos anos, a Assembleia notabilizou-se por apresentar acessos e circulações conflitantes, e a praça jamais foi utilizada, ficou ociosa e até mesmo desconhecida do público. Ao reascender o uso da esplanada, o acesso pelo nível térreo sob a laje da praça torna-se de uso específico dos parlamentares”, conta Fernando de Magalhães Mendonça, um dos autores do projeto, desenvolvido juntamente com os arquitetos Pedro Paulo de Melo Saraiva e Pedro de Melo Saraiva.
Entre a esplanada e a cobertura surge o volume retangular de vidro, elevado em pilotis, designado para o auditório, preenchendo o trecho assimétrico entre o plenário e a cobertura. Uma construção que tira proveito de quatro pilares, utilizados anteriormente para apoiar a laje de piso da esplanada.
Os pilares são reforçados para sustentar o piso do novo elemento a partir de uma laje nervurada com empenas estruturais em concreto para o travamento. Por fim, as treliças metálicas nos dois sentidos atirantam às rampas de acesso e apoiam o piso da cabine de som.
“O aço, por suas características básicas de resistência e leveza, foi o material que mais se adequou às necessidades da intervenção. Os espaços eram muito limitados com relação ao pé-direito. Para atender esta demanda, utilizamos um sistema estrutural de treliças e tirantes de aço apoiados e travados por estrutura de concreto armado. Já o vidro atuou como revestimento do conjunto”, comenta.
Fernando também explica que a principal preocupação foi com a funcionalidade do edifício para atender a hierarquia de acessos e garantir o conforto dos usuários com relação à visibilidade e declividade das rampas de acesso.
“Assim, as questões técnicas de conforto térmico e acústico foram premissas básicas, pela própria natureza do empreendimento. Procuramos, também, aliar a funcionalidade às questões formais a partir da composição entre o volume do novo auditório ao do plenário existente no interior da grande cobertura”.
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