O projeto Edifício Lopes Quintas consiste em um prédio comercial inserido no bairro residencial da Tijuca, Rio de Janeiro. O maior desafio do escritório Gisele Taranto Arquitetura, responsável pela construção, foi a integração desta nova edificação na vizinhança. O entorno residencial e o clima quente da cidade foram as diretrizes que nortearam a concepção do projeto.
“Desde o início procuramos um conceito que ao mesmo tempo harmonizasse com o entorno construído no bairro do jardim botânico e tivesse uma linguagem contemporânea, seguindo os conceitos de sustentabilidade”, conta Gisele Taranto.
O principal destaque é a fachada principal. Ela é composta por varandas protegidas por toldos verticais, que concedem dinamismo e maior conforto térmico ao edifício. Já as fachadas laterais, recebem janelas modulares em malha desencontrada. “Em uma cidade de temperaturas extremamente altas e longos períodos de sol, a frente norte – principal – e a cobertura receberam nossa atenção especial”, comenta a arquiteta.
Um toldo vertical microperfurado e retrátil garante o controle da luminosidade e o conforto térmico dos ambientes internos, sem comprometer a vista para o Cristo Redentor. Por fim, uma cobertura verde com características sustentáveis procura minimizar os efeitos da incidência solar e mais uma vez integrá-lo ao contexto natural do bairro.
“As fachadas possuem um revestimento de natureza cimentícia, aplicado com grampos sem cola e sem argamassa, o que a torna ventilada e possibilita um aumento no conforto térmico, além de trazer economia para a obra em relação a materiais de acabamento”, explica.
A arquiteta também usou automação nos toldos externos da fachada para facilitar a sua utilização. O prédio conta similarmente com um sistema inteligente de TI para todos os pavimentos.
O projeto possui características sustentáveis como, por exemplo, a captação de águas da chuva e a escolha de louças e metais com baixo consumo de água, de modo a evitar o desperdício durante o seu consumo. Os toldos verticais da fachada frontal permitem um controle da luz solar ideal para minimizar os custos de refrigeração.
O revestimento do interior do edifício remete a um olhar industrial, relembrando a exploração fabril do bairro em sua primeira ocupação. O mesmo conceito usado nas fachadas se repete no interior. “Usamos réguas de ardósia no piso e teto aparente, porém, com o contraponto da madeira que reveste as paredes e traz maior calor e conforto visual para o ambiente de trabalho”, finaliza Gisele.
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