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Foirn

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Com técnicas convencionais, materiais locais e a cultura indígena inseridos na construção, nasce o projeto Foirn. Imagens: Daniel Ducci
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Marco cultural

Texto: Ana Marquez

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, FOIRN, é uma associação civil sem fins lucrativos e sem vinculação partidária ou religiosa, fundada em 1985 para defender os direitos dos povos indígenas que habitam a região do Rio Negro, no estado do Amazonas. Para construir o projeto, os arquitetos do escritório Brasil Arquitetura utilizaram técnicas convencionais, mas com qualidade.

“Qualquer bom projeto é econômico e não exige movimentação de terra. O Foirn está em um terreno inclinado, e o prédio acaba se ajustando ao terreno, dependendo do ângulo em que é visto parece maior. Nele, optamos por utilizar muitos materiais locais”, comenta o arquiteto Cícero Ferraz Cruz.

Desenvolvimento da fachada

A fachada pode ser considerada um dos destaques principais do projeto, como relata Cícero: “O conceito que norteou a construção foi a volumetria, pois trata-se de um prédio ajustado ao terreno, com um telhado de duas águas marcante e o uso da palha com fibras vegetais na cobertura, o que o diferencia”.

Existem dois tipos de fachada: um volume branco de alvenaria, cujas aberturas possuem muitos furos quadrados – maiores e menores –, com janelas que se abrem por inteiro; e entre esses dois blocos, no volume central, outra frente com estrutura de madeira e cobertura de palha com fibras vegetais. O fechamento tem veneziana fixa de madeira que promove a ventilação permanente.

“Particularmente, o bloco central ficou bem bonito. Com pé-direito amplo e telhado de sapé, ele se destaca, deixando o projeto mais clean”, conta.

Ventilação e iluminação natural permanentes

“Com grandes aberturas laterais e frontais, e a ajuda de grandes janelas, durante o dia a construção funciona com muita luz natural e ventilação cruzada permanente, que dispensa o uso do ar condicionado. O telhado de palha também ajuda a manter a temperatura”, finaliza.

Hoje o projeto, que antes era um marco para a cultura indígena, com exposições e eventos para enaltecer e aproximar as pessoas dessa cultura tão rica, não existe mais. Mas ele permanece como uma referência arquitetônica para todos os profissionais da área.

Escritório

  • Local: AM, Brasil
  • Conclusão da obra: 2002
  • Área construída: 785 m²
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