O projeto tira partido da topografia irregular. Ao final daquele terreno estreito, comprido e levemente em declive vislumbra-se o lago. Portanto, os três blocos desenhados para compor o elemento central de um clube familiar dialogam com essa paisagem a partir de espaços abertos e integrados.
“O lago em frente ao clube de certa forma dirige a implantação. As edificações colocam-se de maneira perpendicular às curvas de nível. São marcadas por pé-direito simples e estão semienterradas. Assim, são quase imperceptíveis pelo ângulo da entrada principal. A grande cobertura metálica com forro de madeira cobre o trio de volumes, tornando-se a única estrutura visível pelas ruas e, mesmo assim, com aparência delgada e vazia”, explica Rodrigo Marcondes Ferraz, arquiteto.
O acesso ao clube acontece propositalmente acima do bloco central, onde a vista avantajada para o lago se descortina. Em razão de situar-se dentro de um condomínio fechado, dispensa grades ou cercas – qualidade rara em projetos da mesma unidade.
O programa básico compreende salão de festas, sala de fitness, brinquedoteca, espaços de serviços e vestiários, salão de jogos, SPA, piscinas, quadras esportivas e ampla área de convivência externa como solários e varandas que privilegiam a implantação proposta.
“Os volumes principais são todos em estrutura de concreto armado aparente com fechamentos ora em alvenaria pintada de preto, ora em vidros temperados sem caixilhos – para obter mais transparência. Já os brises metálicos na cor branca com espaçamentos variados têm a missão de proteger o interior das insolações, garantindo conforto térmico”, conta.
O projeto de paisagismo foi bastante discutido e surgiu junto com a arquitetura. “O objetivo é integrar a paisagem e os elementos construídos. O que favorece é o programa formado por blocos, possibilitando à vegetação da rua subir para o prédio. No nível inferior, o jardim avança pelo espaço entre os blocos para total integração”.
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