A Casa Granada foi projetada pelo escritório Estúdio HAA! com a premissa de atender às demandas funcionais dos moradores, suprir suas expectativas e também ser um espaço de bem-estar com cenários diversos.
Com 286 m² de área construída, a morada está localizada na cidade de Granada, interior de São Paulo, em um terreno padrão da zona urbana – fora de condomínio –, o que lhe confere características especiais.
A fachada principal está voltada para a cidade, sendo que o pavimento superior tem uma varanda com vista direta para a paisagem, protegida por um guarda-corpo de madeira. “A ideia era que esse guarda-corpo tivesse mais do a função de proteger, mas fosse também um apoio para a família contemplar a beleza da paisagem”, relata o arquiteto Homã Alvico.
Visando a entrada de iluminação natural generosa, a fachada do bloco social recebeu vidro translúcido, mas associado a um brise de alumínio pintado na cor preta, que filtra a entrada de luz em locais necessários.
A estrutura do bloco principal é de concreto e alvenaria de vedação, que é um sistema construtivo convencional e predominante da região.
No bloco social e no bloco de lazer o escritório optou por uma cobertura metálica leve, que suporta telhas metálicas do tipo “sanduíche” em um pé-direito duplo. Essa solução ajuda no conforto térmico, gera economia na obra e dispensa a utilização de lajes ou isolantes térmicos, além de tornar a construção mais rápida.
O projeto foi dividido em bloco. O primeiro está organizado por funções mais objetivas, ou seja, atividades com menos interação. O segundo é ocupado por atividades sociais dentro da casa. E, por fim, o terceiro está destinado ao lazer. “Cada um desses blocos, com seu desenho e materialidade, busca dialogar com suas funções”, comenta Alvico.
Todo o térreo da casa, com exceção da suíte, é integrado e conta com sala de estar, sala de TV, sala de jantar e cozinha. Esses ambientes formam uma grande área social.
O escritório buscou trabalhar com linhas puras na decoração e no layout dos espaços. Além disso, as vigas foram desenvolvidas para serem ‘invisíveis’, sem precisar utilizar o recurso de forros, fazendo com que elementos pesados parecessem mais leves e simples.
A madeira cumaru foi usada de forma predominante nos forros, revestimentos, caixilhos e no guarda-corpo. Já o aço foi utilizado nos caixilhos principais, estrutura de cobertura, vigas e pilares. Por fim, vidro e concreto foram usados na estrutura do bloco principal.
Todo o aquecimento de água, incluindo o da piscina, é realizado a partir de um sistema de painéis solares localizados acima da cobertura. A iluminação do bloco social foi realizada a partir de pequenos pendentes de alturas variadas, ora compondo com a materialidade do forro, ora ganhando seu próprio destaque.
No projeto de paisagismo, o escritório criou um jardim vertical que funciona como um grande plano de fundo da área social. Quanto à escolha das plantas, eles procuraram usar espécies nativas do bioma da região que também trouxessem frescor.
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