Com um desenho simples e discreto, a Casa RD privilegia, sobretudo, a funcionalidade e sobriedade. Localizada no Condomínio Jardins do Lago, em Brasília (DF), a residência preza, ainda, por características como charme e conforto.
Os arquitetos Filipe Monte Serrat e Manuela Dantas, sócios do escritório Esquadra Arquitetos, desenvolveram o projeto arquitetônico em parceria com Camilo de Lannoy, arquiteto e fundador do escritório Yi Gestão de Projetos e Obras. Os autores explicam que, a pedido dos moradores, a área íntima ficou em um local mais reservado em relação aos demais ambientes.
Com uma área de 425 m², a Casa RD tem um programa extenso de área íntima, que se conecta com o exterior por meio da aplicação de grandes esquadrias, elementos que possibilitaram o contato com a piscina e com o jardim externo. “Grandes painéis de fechamento se abrem conforme necessidade, permitindo amplas iluminação e ventilação naturais”, contam os arquitetos.
Além disso, um grande terraço com jardim foi criado para o dormitório principal, atendendo a um desejo dos moradores de ter contato direto com a natureza só de abrir a janela do quarto. “Com essa solução, conseguimos, ainda, melhorar o conforto térmico de toda a área social da casa e criar uma outra fachada para os outros quartos”, relatam.
O paisagismo foi posicionado em pequenos pontos, mas mesmo assim consegue se destacar em meio ao cinza do concreto. O telhado verde destaca-se no projeto como uma área de sossego e paz.
Na piscina, foi projetada uma pequena ilha com vegetação, melhorando a ambiência na área circundante a ela que, a pedido do cliente, ficou bastante pavimentada. Para completar o conjunto natural, uma horta particular com temperos fica próxima à cozinha.
O projeto da Casa RD tem uma influência modernista visível, que é própria do trabalho dos arquitetos. A simplicidade formal e os detalhes construtivos são orientadores importantes.
Seguindo a linha do simples e funcional, privilegiaram-se materiais de fácil manutenção e custo baixo, principalmente para os revestimentos, acabamentos e luminotécnica. “Uma exceção são os painéis de madeira da fachada, que foram adotados mais por questões estéticas, e as esquadrias, que por necessidades funcionais, precisavam ter folhas de grandes dimensões – para as aberturas generosas –, facilitando o manuseio e boa vedação acústica”, explicam.
O projeto de iluminação se enquadrou à premissa do simples e econômico, com o uso de lâmpadas de grande eficiência (LED) e aproveitamento máximo da luz natural para a iluminação diurna.
A entrada da Casa RD é estruturada em concreto, com vedações em alvenaria e esquadrias de alumínio e vidro. O painel de madeira é um elemento de destaque ao exercer a função tanto de revestimento quanto de proteção contra a insolação nas áreas íntimas.
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