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Casa Tangerina

Casa Tangerina
Distribuição espacial, aproveitamento do espaço e estética da arquitetura são alguns dos aspectos que fazem parte da fase de elaboração inicial da Casa Tangerina. Por EIXO Z arquitetos. Imagens: Miti Sameshima
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Espaços fluidos

Texto: Vitória Oliveira

Planejada para um casal de jovens médicos, a Casa Tangerina – assinada pela equipe do EIXO Z arquitetos – é uma residência de 220 m² que foi implantada em um lote longilíneo, estreito e com vizinhos próximos, no bairro do Alto da Lapa, em São Paulo.

O projeto buscou desenhar espaços internos amplos, permeáveis e integrados, propondo uma abordagem contemporânea sobre o morar urbano. Primeiramente, os pilares da casa foram deslocados para os limites laterais do terreno, permitindo assim, uma planta bastante livre que ocupa toda a largura do lote. Em colaboração com o engenheiro calculista, vigas, instalações hidráulicas e demais elementos de infraestrutura, também foram deslocados para as alvenarias periféricas, preservando a pureza visual da laje de concreto aparente.

Ponto marcante

O centro da residência é marcado por um átrio, que atravessa todos os pavimentos e configura um jardim interno no térreo, que combinado com as grandes aberturas piso-teto nas fachadas frontal e posterior da casa, garantem uma boa entrada de luz e ventilação natural.

De todos os espaços é possível contemplar o exterior Foto:Miti Sameshima 

Na fachada frontal, voltada para a rua, a parede de tijolos maciços funciona como uma espécie de brises, alternando cheios e vazios através da sua paginação. Ainda no térreo, o lavabo e a lavanderia são mais fechados, definindo um volume único, através do emprego dos tijolos maciços, agora utilizados como fechamento interno.

A circulação vertical, entre os pavimentos da casa, acontece por meio de uma escada metálica com pisadas em madeira, seu desenho conciso e esbelto, a torna leve visualmente e permeável à passagem de luz.

Segmentação espacial

No primeiro pavimento, duas suítes, para os futuros filhos, ocupam a parte frontal do lote. Nesses ambientes, o controle da incidência de luz natural acontece através de painéis ripados, que correm sobre trilhos, instalados na fachada da casa. Localizada na parte posterior do lote, com aberturas para as áreas de ajardinadas, a suíte principal do casal apresenta closet, banheiro e varanda privativos.

No segundo pavimento, está localizado um ambiente multiuso, parte bar, parte sala de TV, que se abre para a varanda externa, um espaço gourmet com vista para a cidade, em direção ao Parque Villa Lobos. Sobre o gourmet, a laje de concreto aparente se projeta em balanço, como uma marquise.

O projeto buscou trabalhar, principalmente, com materiais aparentes e valorizar seu aspecto natural, minimizando o emprego de revestimentos. Além das lajes em concreto aparente, o tijolo maciço se tornou um importante elemento de identidade do projeto, contribuindo também, para tornar os ambientes mais acolhedores, através de sua tonalidade e textura.

Nessa direção, o emprego da madeira, tanto no piso dos ambientes íntimos, como no desenho das marcenarias e na escolha do mobiliário também contribuíram para potencializar a sensação de conforto. Na decoração, vasos, bowls e outras peças selecionadas em terracota e madeira, seguem o mesmo raciocínio, dialogando de forma harmônica com os materiais presentes na arquitetura da residência.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Conclusão da obra: 2022
  • Área construída: 220 m²

Ficha Técnica

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