O Jingshan Boutique Hotel foi projetado pelo escritório Continuation Studio de forma sutil, para que sua estrutura se tornasse parte da natureza que o envolve. A premissa para a projeção, foi de que a arquitetura intervisse o mínimo possível no local e que todos os ambientes se conectassem com o entorno, assim os hóspedes se sentiriam imersos pelo verde de forma mais aconchegante.
O terreno em que o projeto está inserido encontra-se na crista da Montanha Jing-Shan, na cidade de Hangzhou, na China, ao lado da barragem de um reservatório. Anteriormente, o espaço era ocupado por um dormitório no estilo "San-Ho-Yuan" com dois andares, construído na década de 1980, e com um pátio cercado pela forma côncava do bloco.
A antiga estrutura era utilizada para receber cerimônias de ‘chá zen’. Analisando todos os conceitos culturais, decidiu-se preservar a estrutura do pátio, bem como um pinheiro existente, para gerar um “espírito espacial”, e então foi estabelecida a proposta do design do Jingshan Boutique Hotel.
“Existe um antigo pinheiro no centro que é como o coração do pátio. Sua copa densa cobre metade do local e parte do edifício”, contam os arquitetos Fan jiujiang e ZhaiWenting.
Através do estudo das paisagens circundantes, a decisão foi para reduzir a altura do lado oeste do prédio, proporcionando ao pátio e ao resto do edifício, uma visão dos contornos das colinas. Isso induziu para que o pôr-do-sol acontece quase horizontalmente no pátio, polvilhando a fachada principal.
No lado sul do quintal tem uma parede com 160 cm de altura que separa o pátio da floresta selvagem. Os caminhos que acompanham a brisa da montanha atravessam os dois cantos abertos no lado norte do edifício côncavo. Através das duas portas diagonalmente escalonadas no canto noroeste, é a entrada principal. De lá os visitantes já conseguem ter uma bela visão do pinheiro. Enquanto ao norte, encontra-se o estacionamento dos veículos.
É revelado na escalada, antes de entrar no hotel, a sensação de excursão dentro que se assemelha a uma caminhada pela mata. A fim de aumentar a perspectiva de "Templo do Zen", as imagens da montanha foram implícitas ao longo do lado de dentro.
A entrada e o pátio são decompostos em várias alturas, gerando nuances de luz entre diferentes espaços, associando-se à ação física da subida pelo lote de forma sutil. A luz dentro do espaço é controlada delicadamente pelos beirais, água, colunata, grelha, skylines e outros tipos de elementos.
As diferenças de luz transitam de um ambiente para o outro e, eventualmente, atinge um acúmulo de brilho no terraço, onde apenas o céu e a copa do pinheiro estão à vista, a partir daí, quase não se enxerga mais a arquitetura, e sim, uma paisagem monumental.
O método de design, em relação à experiência de visualização, transmite a sensação de "sentar-se face a face" com a paisagem. “Tanto os ângulos da perspectiva ritual como o eixo da intriga do pátio contemplam a relação entre natureza e humanidade. Por outro lado, em termos de uso de materiais naturais no local, como madeira, pedra, ferro, tinta branca e vidro, também implica a naturalidade e a ruralidade que reside na renovação arquitetônica”, concluem os arquitetos.
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