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Conjunto Habitacional Heliópolis Gleba G – Fase 2

Conjunto Habitacional Heliópolis Gleba G – Fase 2
Os arquitetos do escritório Biselli Katchborian assinam o projeto da Gleba G do Conjunto Habitacional Heliópolis (Fase 2) e criam um modelo a ser reproduzido na construção de moradias populares. Imagens: Nelson Kon
Conjunto Habitacional Heliópolis Gleba G – Fase 2
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Conjunto Habitacional Heliópolis Gleba G – Fase 2
Conjunto Habitacional Heliópolis Gleba G – Fase 2

Legado urbano

Texto: Juliana Bernardino

Dois nomes de peso da arquitetura brasileira – Artur Katchborian e Mario Biselli – estão por trás de um projeto que se tornou uma importante referência arquitetônica e urbanística na cidade de São Paulo e região, tanto por contribuir para a qualidade de vida da comunidade quanto por impor um novo padrão de exigência para habitações populares.

Trata-se do novo bloco residencial da Gleba G do Conjunto Habitacional Heliópolis, situado na zona sul da capital paulista. A ampliação liderada pelos arquitetos, sócios no escritório Biselli Katchborian, faz parte da continuação do Programa de Reurbanização de Favelas da Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria de Habitação.

A fase 2 do projeto – esta que foi recém-entregue pelos profissionais – acontece uma década após a primeira. E, apesar da diferença de 10 anos entre elas, a implementação do novo bloco com 420 apartamentos aconteceu de maneira eficiente e sem maiores percalços, conforme relatado pelos arquitetos.

O desafio de adensamento esbarrou na necessidade de verticalização, mas sem a utilização de elevadores. A saída encontrada foi aproveitar o desnível da rua e implementar térreos diferenciados para cada prédio, acompanhando as cotas variáveis do terreno. De acordo com os profissionais, o desnível da rua adjacente era bastante grande, o que possibilitou essa solução projetual bastante perspicaz.

O modelo de “quadra europeia” foi mantido neste novo empreendimento, com implantação dos prédios no alinhamento junto à rua e amplo pátio interno no centro, exclusivamente voltado ao lazer dos moradores.

Acessado por meio de pórticos coloridos, o pátio tornou-se o coração do projeto, sendo utilizado para convivência, lazer e prática esportiva. Além de ser amplo e bem desenhado, ganhou projeto paisagístico que cria espaços de qualidade para a comunidade.

“Os pátios do espaço térreo foram configurados para receber luz, mas ao mesmo tempo oferecer proteção aos moradores em relação à incidência direta dos raios solares, criando um clima ameno durante a permanência no espaço”, alegam os profissionais envolvidos.

Outro destaque das áreas comuns são as passarelas em treliças metálicas, que fazem a conexão entre os blocos da Gleba G e trazem um ar contemporâneo ao projeto.

Unidades versáteis

Ao todo, o projeto conta com 31.000 m2 de construção, sendo que cada apartamento possui 50 m2 de área. As unidades são versáteis (jjá que devem abrigar diferentes tipologias de famílias), bem iluminadas e ventiladas e contam com uma solução pouco usual nas habitações populares: as varandas.

As plantas incluem dois dormitórios e espaço integrado de cozinha, estar a varanda. Pensando na acessibilidade, as unidades adaptadas aos portadores de necessidades especiais foram alocadas no térreo, com acesso direto pela rua.

Baixo orçamento

Por se tratar de um empreendimento de baixo custo, o sistema construtivo utilizado foi a alvenaria de blocos de concreto, bastante conhecido e de fácil execução. Além desse material, foi empregado o concreto moldado in loco nos pórticos de entrada, devido ao vão ser muito grande, o que demandou vigamento e estrutura de concreto.

 

 

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