A definição do partido da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizada no campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), na capital federal, se baseia no respeito à natureza. No terreno, árvores de diversas espécies originárias do Cerrado se interpunham no caminho. Para preservar a maioria delas, a equipe de arquitetos do Ceplan (Centro de Planejamento Oscar Niemeyer) e da Fiocruz analisou a localização da massa arbórea e só depois definiu o layout construtivo. “Ele parte de uma generosa praça central, articuladora, especialmente projetada para ser uma área de convívio”, explica o arquiteto Alberto Alves de Faria.
A Fundação abriga as atividades da Escola de Governo em Saúde (ESG), e sua arquitetura se Ele parte de uma generosa praça central, articuladora, especialmente projetada para ser uma área de convívio Alberto Alves de Faria desenvolve em torno da praça, com a localização dos blocos determinada pelo posicionamento das árvores, a exemplo de um pequizeiro mantido entre os prédios administrativo e educacional. A decisão permite grande integração espacial e visual, melhor aproveitamento da topografia existente e boas condições ambientais e de conforto para os usuários – consequência direta da preservação da natureza.
A implantação dos quatro blocos levou em conta os caminhos e as calçadas trilhados pelos pedestres. Separadas e independentes, cada construção traz diferentes funções, embora estejam conectadas por duas passarelas cobertas. O conjunto de traços marcante reflete o espírito da arquitetura de Oscar Niemeyer.
Os setores acadêmico e administrativo têm formato retangular e oferecem ambientes com grande flexibilidade interna, além de fachadas voltadas para a praça. Transparentes, elas proporcionam uma privilegiada vista para o Lago Paranoá, ajudadas pelo fato de o terreno de 7,5 x 10 m estar localizado na parte mais alta do campus. “Mesmo sendo a fachada com maior incidência solar, ela é protegida por elementos horizontais, o que garante extremo conforto ambiental”, relata Alberto.
Além de dois pavimentos – térreo e superior para salas de aula – o bloco acadêmico possui um Mesmo sendo a fachada com maior incidência solar, ela é protegida por elementos horizontais, o que garante extremo conforto ambiental Alberto Alves de Faria subsolo que abriga a garagem de uso exclusivo para veículos de serviço e funcionários, com ventilação natural proporcionada pelos estudos de níveis. A garagem é complementada por um estacionamento externo próximo ao edifício. Com quatro andares, o bloco administrativo aglomera as salas de reuniões, secretarias, chefias e diretoria.
O prédio onde fica o auditório, também com formato retangular, tem capacidade para aproximadamente 110 pessoas e ostenta o painel de azulejos frontal assinado pelo artista Athos Bulcão. Idealizada no ano de 2008, antes de seu falecimento, a obra foi uma de suas últimas criações. A peça é uma homenagem aos 100 anos de nascimento de Niemeyer e reflete o desenho da coluna do Palácio da Alvorada. A ala exibe uma cobertura triangular que se destaca das demais e oferece cafeteria, editora e sala de exposições. A concepção formal do prédio remete a uma convidativa vitrine, capaz de atrair os pedestres que circulam pela área.
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