A principal diretriz para a construção do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento + Inovação – Klabin foi a integração do conjunto arquitetônico à paisagem circundante. Um lugar tranquilo e aprazível, localizado em meio as áreas com arborização nativa que conformam o cinturão verde no entorno da Unidade Klabin Papéis Monte Alegre, no Paraná, inaugurada em 1940.
“Procuramos integrar o conjunto à suave declividade do terreno, de maneira integrada à vegetação e reforçando a natureza da região, predominantemente, pela Araucária”, revela o arquiteto Paulo Brazil, responsável pelo projeto arquitetônico.
A pedido dos proprietários, a criação do complexo reflete o novo momento da Klabin diante das condicionantes do século XXI, que engloba respeito às questões ambientais, sociais, tecnológicas, sustentabilidade, funcionalidade e priorização da tranquilidade e bem-estar dos pesquisadores e usuários.
Além do respeito às condicionantes do sitio – relevo e paisagem –, vale ressaltar a integração dos ambientes internos e externos. Com acessos independentes, porém integrados por passarelas, sua implantação preserva a integridade das áreas laboratoriais, possibilitando atividades concomitantes e independentes, seja no âmbito da pesquisa, conferências ou exposições.
A concepção do projeto do Centro P&D + Inovação - Klabin teve como orientação preliminar o programa de necessidades levantado em parceria com a equipe de pesquisa e desenvolvimento da Klabin com algumas proposições realizadas pelo escritório de arquitetura paulo brazil e. sant’anna arquitetos associados durante o desenvolvimento do projeto, como é o caso do conjunto anexo, o qual foi proposto a criação de um espaço expositivo digital.
“Trata-se do projeto destinado às instalações do centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Klabin e que, em comum acordo com a diretoria, incorporamos ao programa de necessidades, o conjunto anexo com áreas de convenções e expositivas”, comentar o arquiteto.
Do ponto de vista da acústica para as áreas de acesso público, foi utilizado forro acústico. Para o auditório, além do forro supracitado, foram desenhados painéis laterais em lambri de eucalipto certificado e lã de rocha.
Apenas uma única pele foi utilizada para circundar e delimitar o perímetro do complexo por contínuas marquises de visitação. As acentuadas linhas horizontais, em respeito ao terreno, determinam o conjunto que se mescla à paisagem, transmitindo a sensação de costurar o solo ao repousar seus terraços no gradativo declive do terreno.
O desenho marcante e integrado das coberturas em linha côncava e convexa que, quase tocam as acentuadas linhas horizontais do conjunto arquitetônico. Brazil define o desenho como “econômico e simples, sem ser simplório, e desprovido de qualquer elemento adicional desnecessário, estrutura, volumetria e vedos”. Todas essas características possibilitaram, ao mesmo tempo, uma relação necessária dos usuários e ocasionais visitantes com a paisagem.
“Do ponto de vista de paisagismo para a implantação do projeto arquitetônico foi determinante o relevo e topografia assim como a vegetação nativa existente. Nesse sentido, exceto o gramado recomposto, não houve uma intervenção mais relevante de paisagismo”, conclui o arquiteto.
Cenpes, por Zanettini Arquitetura
Fiocruz Brasília, por CEPLAN
Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso, por Piratininga Arquitetos Associados
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