Quando decidiu ampliar sua área, a Agência Peppery procurou a criativa equipe da Casa33 – que já havia idealizado alguns ambientes no antigo escritório, todo compartimentado –, com o desejo de ter ambientes mais abertos, agradáveis e que transmitissem a personalidade de seus proprietários.
Os idealizadores queriam um projeto de interiores diferenciado e integrado, de modo a facilitar a comunicação interna entre os colaboradores e clientes. A proposta do escritório de arquitetura foi dar um novo sentido a esse espaço corporativo, resultando em ganhos de saúde e bem-estar para todos que ali convivem.
“O novo espaço da agência reflete bem o estilo dos dois proprietários: jovens publicitários, antenados e ligados em design, música e arte. Tanto que todos os quadros vêm do acervo pessoal de um deles”, comenta a arquiteta Mariana Lebrão Cassins, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do projeto.
O novo espaço já contava com uma estrutura pronta, porém sem o charme e a identidade que o mercado publicitário pede.
Segundo a arquiteta, por se tratar de um imóvel alugado, optou-se por soluções menos radicais, como o uso de mobiliário solto, pintura e grafites nas paredes e muros, remanejamento de divisórias existentes e iluminação com tubulação aparente em certas áreas, além de harmonizar a iluminação existente com a sobreposição de tecidos especiais.
A única interferência mais marcante proposta foi a pintura da fachada em preto fosco a fim de criar uma ligação com a identidade da Agência Peppery.
As obras foram realizadas com a agência em funcionamento e precisariam impactar a rotina o mínimo possível. Pouco a pouco, foram idealizadas duas grandes salas abertas para atendimento e criação, duas salas de reunião, quatro hubs para reuniões internas, um lounge para receber os clientes, dar palestras e eventos, a recepção, uma sala de espera e de inteligência, estúdio e a tão desejada sala de descompressão.
“A sala de jogos é um lugar que desejavam muito, não só para ter um espaço de descompressão, mas também para ser uma área de convivência e interação entre os colaboradores. Acabou também se tornando um ambiente de criação”, comenta Cassins.
Uma solução interessante de layout foi aplicada na sala de espera. Caixotes em pinus foram empilhados e posicionados de modo a servirem como assento, mesa lateral ou cachepô. Algumas mesas foram revestidas com azulejo a fim de conferir um ar um pouco mais sofisticado às peças. Com esses pontos, a circulação ao redor da composição ficou liberada.
Os destaques do projeto são os hubs de reunião e a sala de jogos. A ideia dos hubs foi desenvolver as quatro salas, cada uma com uma proposta diferente e interligadas por um caminho em grama sintética.
A primeira tem uma mesa padrão, na segunda um banco de madeira, pufe e cadeiras bem descontraídas, na terceira uma mesa baixa com cadeiras e, na última, uma grande mesa alta com banquetas.
Para amenizar o brilho e intensidade das luminárias existentes, nos hubs foram usados tecidos especiais presos por mosquetões. Conseguindo, dessa forma, atingir um maior conforto visual para os ocupantes.
O lounge recebeu um sistema luminotécnico via eletrodutos metálicos. “Conseguimos iluminar o ambiente todo com essa solução e mantemos somente o ponto central existente de alimentação”, explica a arquiteta.
Na sala de inteligência, foram criadas duas camadas de iluminação em circuitos diferentes, uma com pendentes e outra de sobrepor. A de sobrepor proporciona uma luz ambiente mais confortável para complementar a claridade do computador e por isso é usada diariamente, enquanto os pendentes são ligados quando uma luz mais forte e focada é necessária na área de trabalho.
Por fim, na sala de reunião principal foi aplicado esse mesmo conceito, das duas camadas, mas com pendentes que se destacam no centro do ambiente.
“O conceito proposto é de um local esteticamente interessante, informal e agradável para os usuários. Que consiga transmitir o espírito da agência para todos que a frequentam”, conclui Cassins.
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