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Casa Paris

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Concreto em larga escala, linhas retas, espaços amplos e integrados entre si são os destaques da Casa Paris. Imagens: Maíra Acayaba
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Volumetria marcante

Texto: Nuri Farias

As linhas fortes da Casa Paris foram trabalhadas para integrar os ambientes à contemporaneidade paulistana do bairro de Perdizes. Para as arquitetas Mariana Andersen e Mariana Guardani, sócias e proprietárias do escritório Casa 14 Arquitetura, a localização influenciou a inspiração, por isso, elas desenvolveram “um projeto com características correspondentes ao lugar”.

A princípio, o grande desafio foi incluir a casa nas expressivas irregularidades geográficas da região: aclive acentuado e plano em formato trapezoidal repleto de ângulos agudos, cujos acessos se fazem por duas frentes opostas marcadas por significativo desnível. Mas as autoras fizeram disso a solução para a projeção.

“De um lado, a base do terreno prioriza a entrada de veículos. De outro, o acesso é somente para pedestres. Neste caso, o ingresso acontece por uma fenda na fachada de concreto que se abre para a amplitude de seu interior através de uma estreita passagem”, afirmam. Já as características do proprietário, um jovem músico, foram importantes para conceber os dois critérios inseridos na construção: contextualização urbana e plasticidade formal.

Destaque em níveis

Para o conforto e a ventilação cruzada da casa, as arquitetas instalaram aberturas em ambas as faces. Isso favoreceu as fachadas voltadas para o oeste e leste, que passaram a receber iluminação natural de manhã e à tarde.

O concreto e o vidro predominam e cada um contribui para a riqueza de texturas e cores sobrepostas na residência. “A plasticidade estética do concreto se revela de diferentes maneiras, estabelecendo um rico diálogo entre paredes, lajes e escada. Sendo assim há um contraste com a leveza do vidro”, completam as sócias.

Dividida em três níveis distintos, a residência possui no primeiro pavimento sala e cozinha integradas aos jardins opostos. O segundo pavimento abriga duas suítes e um terraço em formato triangular, que acompanha o desenho do terreno.

Para finalizar, a laje de cobertura com área de 65 m² pode ser acessada por meio de uma escada metálica em balanço com a fachada. O mirante oferece várias percepções visuais para as múltiplas paisagens da cidade, inclusive uma bela vista para o Pico do Jaraguá. Outra vantagem do espaço é a permeabilidade entre ambientes interno e externo e a ampliação do espaço de convivência social da residência.

Construção econômica

O orçamento da obra foi calculado e empregado com audácia. Paredes e fundações ficaram de fora e os pisos não receberam revestimentos, deixando a laje zero. O uso do concreto em larga escala, de linhas retas, espaços amplos e integrados entre si e o entorno determinaram “uma decoração interna da maneira mais neutra possível, já que o destaque é a própria edificação”, concluem as arquitetas.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2009
  • Conclusão da obra: 2010
  • Área do terreno: 250 m²
  • Área construída: 210 m²

Ficha Técnica

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