As duas fachadas com complementos rústicos e muros de pedras empilhadas fazem desta residência, localizada ao norte do Líbano, uma imponente obra. Fixada no alto de uma montanha, possui três andares que formam dois pátios sobre lajes. “Cada piso projeta sobre o inferior um pátio externo – herança fenícia no projeto. Esses pátios revelam as áreas externas e flertam com os vales mostrando os conventos, os terraços agrícolas, os pastos de cabras e as belezas da região”, explica a arquiteta responsável pelo projeto, Candida Tabet.
A paisagem – que cria uma vista deslumbrante – norteou a implantação da casa, combinada à vegetação local, muito marcante. “A coletânea de influências e o traço multicultural da região foram aplicados nas definições arquitetônicas, tanto da planta quanto dos acabamentos. Os materiais utilizados também fazem referência histórica ou geográfica à região e aos métodos construtivos utilizados nas aldeias”, comenta.
Os pergolados feitos com vigas de madeira foram utilizados para sombrear os pátios e mostram as características primitivas das construções da planície da Beckaa, região da floresta. Os paus roliços também aparecem com frequência na área externa da casa, nas extremidades dos pátios como guarda-corpo e nas escadas como corrimão.
As telhas francesas foram escolhidas para a construção da última cobertura. Produzidas com barro vermelho, representam a passagem dos franceses e a influência deixada por eles na arquitetura libanesa.
As paredes internas revestidas com pedras foram rejuntadas com argamassa de pó de calcário retirado do chão e misturado com capim molhado para dar liga. O mesmo pó foi utilizado para revestir as alvenarias. Já nas áreas externas foram usados ladrilhos de pedra antigos.
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