Para um partido arquitetônico robusto com um programa conciso e equilibrado, Caio Persighini entendeu – durante o briefing – quais os desejos sociais da família para dar início ao planejamento.
Marcando a passagem da área externa para a interna, um grande volume vertical amarelo destaca-se na fachada da Casa Garten. Ao cruzar o grande hall, moradores e visitantes avistam a área de lazer com um paisagismo sutil, a piscina, a sala de estar, a cozinha e o espaço gourmet.
No térreo, devido aos caixilhos de vidro, os ambientes internos se expandem ao exterior. Com o terreno posicionado na esquina, os arquitetos tiraram proveito da divergência planialtimétrica, trazendo aos espaços sociais uma dinâmica. Além disso, acomodaram a garagem na cota mais baixa em relação ao passeio público tangente à morada.
“Com o desenrolar da esquina, no decorrer de uma caminhada ou até dentro de um veículo, o transitar pela via de modo contemplativo faz com que pontualmente a casa revele seus detalhes pouco a pouco. Nesses detalhes, um partido arquitetônico imponente e, ao mesmo tempo, sútil, considerando a sua proporção com o dimensionamento do terreno e as restrições construtivas”, conta o arquiteto Caio.
No primeiro andar estão os espaços íntimos que demandam um cotidiano mais introspectivo. Ainda no pavimento, o escritório organizou a suíte principal e dois quartos que dividem um hall íntimo, além do lounge de vivência que comporta funções como academia, áudio e vídeo.
Durante o projeto, surgiu a ideia de desconstruir outras duas suítes por uma questão do aproveitamento de espaços.
Toda a arquitetura – do processo de criação à concepção – respeitou todos os desejos dos proprietários. O partido arquitetônico foi inspirado no brutalismo do concreto aparente em harmonia com o minimalismo das linhas suaves, graças as pontualidades das peças, funções espaciais e abundante vegetação.
Para a equipe do escritório, a residência detêm uma identidade própria, sem assumir um estilo pontualmente. A volumetria principal é composta por concreto armado moldado in loco, onde cumpre o papel sensorial e visual da casa, apresentando diferentes tonalidades nas superfícies de modo orgânico.
A presença do concreto aparente dentro dos ambientes internos potencializou a amplitude sensorial dos espaços.
Os arquitetos privilegiaram os moradores com a conexão entre a arquitetura e a natureza. Os espaços abertos e integrados do bloco social recebem iluminação e ventilação naturais. Além disso, os arquitetos exploraram a ventilação cruzada, que possibilita a circulação do ar por todos os cômodos.
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