A concepção construtiva da Casa Gennari deixa um legado à medida que mantém em aberto a possibilidade de ser ampliada futuramente, preservando a linha arquitetônica designada originalmente. O crescimento da residência acompanhará as necessidades dos moradores, um jovem casal com três crianças.
"A forma da construção foi pensada para implementar diferentes fases da vida de uma família. A nossa solução cria uma arquitetura que pode ser entendida como uma ‘composição aberta', insinuando o quarto que falta e que pode, eventualmente, ocupar o espaço do terraço aberto na parte da frente da casa", explica Daniel Mangabeira, arquiteto.
Situado em um condomínio fechado, portanto longe da dinâmica urbana, o partido concentra-se na parte da frente do lote, permitindo um respiro no lado oposto. De tal maneira, com a maior área livre no trecho de trás, cria-se um pátio, definido pela própria casa, juntamente com as paredes de cada um dos três vizinhos. Essa configuração proposital é determinante para as futuras intervenções no programa.
Internamente, observa-se o uso de materiais francos e singelos, como o cimento queimado no piso e nas escadas – elemento que permite o acesso vertical –, conferindo certa unidade. A alvenaria branca dá o tom suave, que se mistura com a entrada da luz natural pelos vãos abertos do pátio.
Quanto à fachada principal, observa-se um interessante contraponto com a de trás. Como explica o arquiteto, "a frontal tem um caráter fechado, irregular e sem aberturas, para dar privacidade e, até mesmo, proteger os espaços internos do sol excessivo da tarde. A outra – em frente ao pátio – é transparente e aberta para o sol da manhã". Essa fachada posterior, inclusive, permite aberturas em função dos grandes panos de vidros – esquadrias.
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