Uma competição internacional anônima foi realizada em 1989 para escolher o escritório que iria criar o design da Biblioteca de Alexandria, no Egito. Vencedor, o norueguês Snøhetta concluiu o projeto em 2001.
O objetivo da construção era estimular os moradores da cidade – fundada por Alexandre, o Grande em 331 a.C. – a frequentar a antiga biblioteca. Os arquitetos trouxeram um estilo contemporâneo, atemporal e inovador, sem perder a essência histórica do lugar. Assim, a obra contribui de forma significativa com estudantes, pesquisadores e público em geral.
O projeto caracteriza-se por sua forma circular e inclinada, localizada ao lado do porto, no centro histórico da cidade. Seu teto inclinado lembra o antigo farol de Alexandria.
O edifício tem 160 metros de diâmetro e atinge até 32 metros de altura, além de ter cerca de 12 metros subterrâneos. Uma praça aberta e uma piscina rodeiam o prédio. Uma passarela liga o projeto à Universidade de Alexandria, que fica nas proximidades.
A biblioteca conta com 11 andares e tem capacidade para armazenar até quatro milhões de livros, podendo ser expandida para até oito milhões pelo armazenamento digital. A obra também contém outras funções culturais e educacionais, incluindo um planetário, vários museus, uma escola de ciência da informação e instalações de conservação.
A sala de leitura tem capacidade para receber até 2000 leitores em um espaço de 20 mil m², sendo a maior do gênero em todo o mundo. Ela ocupa mais da metade do volume da biblioteca e passa por sete terraços.
As esculturas e desenhos que se encontram no local foram feitas em colaboração com os artistas Jorunn Sannes e Kristian Blystad e empregaram métodos locais de corte de pedra para criar a fachada.
O projeto é iluminado por claraboias verticais localizadas no telhado. Apenas o lugar onde estão armazenados os volumes não terá exposição da luz solar para não estragar livros e manuscritos.
A biblioteca também conta com um anfiteatro com diferentes espaços de leitura, harmoniosamente iluminados. O edifício foi planejado para aceitar uma série de tecnologias, seguindo as mudanças do futuro.
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