O projeto arquitetônico da City Library in Bruges foi criado pelo escritório Studio Farris Architects com o objetivo de ser um marco de renovação na linda cidade belga de Bruges, conhecida por seus ares de vilarejo de conto de fadas. Em 2012, os arquitetos ganharam a oportunidade de assinar a intervenção em uma competição organizada pela prefeitura, que previa a expansão da biblioteca de Sint-Andries.
“Ter que construir em um terreno pequeno foi o nosso desafio para essa obra. O ponto de partida foi a tensão inevitável entre o edifício existente e a nova extensão”, relata o arquiteto Giuseppe Farris. Ao lado de outros serviços públicos, a biblioteca está situada em um prédio tombado como patrimônio arquitetônico.
O cliente trouxe uma série de exigências, entra elas o desejo de tornar a biblioteca mais visível das ruas vizinhas. Outro pedido foi que, por se destacar em meio à paisagem urbana, o espaço também atraísse para a multiplicidade de serviços realizados no edifício já existente. A ampliação desdobrou-se a partir do edifício principal, mas é visualmente desconectada dele.
As novas fachadas são feitas de painéis de aço corten, que contrastam com as faces rebocadas na cor branca do outro bloco. A posição da nova edificação enfatiza, também, a diferença entre o volume mais recente e o antigo.
As janelas nas quinas do projeto trazem visibilidade externa e interação com o entorno. As salas de leitura, os espaços de trabalho e a recepção da City Library in Bruges estão próximas a essas aberturas e, por isso, são beneficiadas pela entrada de luz natural.
“Buscamos sempre enfatizar a iluminação natural e a interação com a área circundante, pois o seu uso foi muito importante para melhorar a experiência dos visitantes”, comenta o arquiteto.
No interior, por conta das perfurações, o jogo de luz e sombra cria uma atmosfera acolhedora e muito característica de projetos culturais como esse. Além de as grandes janelas terem sido colocadas em um nível mais alto, a fim de dar a sensação de uma perspectiva para o exterior, as claraboias também fornecem a perfeita iluminação para ler e estudar.
As perfurações no revestimento da nova fachada despertam a curiosidade dos transeuntes, permitindo a observação do interior através desses furos pequenos, mas sem ter uma visão completa do espaço.
O aço corten em tonalidade vermelha da fachada liga o prédio novo à identidade arquitetônica local, que é tipicamente belga, com seus telhados de telha vermelha e paredes de tijolo pintados em tons de branco, alternadas com paredes de tijolinho avermelhado.
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