Projetada num terreno de 3.072 m² no Quinta da Baroneza – condomínio de luxo localizado na cidade de Bragança Paulista, Como a frente do terreno era bem extensa, tivemos uma dificuldade de trabalhar a privacidade. Então, resolvemos aproveitar essa questão e criar um volume bem longo, que acabou sendo um anteparo para a área íntima no fundo do lote Marcella Belluzzo interior de São Paulo –, essa casa é marcada por grandes vãos, linhas retas e integração dos ambientes, tudo para que seus moradores tivessem contato com a natureza ao redor.
Batizado de Residência Quinta da Baroneza, o projeto foi assinado pelos arquitetos Gustavo Martinhão e Marcella Belluzzo (sócios no escritório Belluzzo Martinhão Arquitetos), que recorreram a materiais nobres – alumínio, pedras, vidro e concreto – para compor cada detalhe da morada.
Um ponto que direcionou toda a implantação da casa foi o desejo dos moradores de aproveitar a paisagem ao redor, respeitar o entorno e as proporções do lote. Para driblar o leve declive do terreno que acompanha a rua e a frente bem ampla, com aproximadamente 80 m lineares, optou-se por pousar um volume monolítico sobre um outro bloco para conduzir a extensão e organizar o programa, trazendo leveza e criando um diferencial estético.
“Como a frente do terreno era bem extensa, tivemos uma dificuldade de trabalhar a privacidade. Então, resolvemos aproveitar essa questão e criar um volume bem longo, que acabou sendo um anteparo para a área íntima no fundo do lote”, frisa a arquiteta Marcella Belluzzo.
A implantação desse bloco criou uma residência praticamente térrea, deixando todas as áreas – sociais, íntimas e de serviços – no mesmo pavimento. Abaixo, no nível inferior, ficam somente o vão da garagem, o spa e a sauna.
Quase não houve movimentação no solo para que a estrutura intervisse o mínimo possível na topografia natural. “Foi um corte compensa, como costumamos falar, ou seja, tirou um pouquinho de terra de cima e jogou para baixo. Nossa intenção foi mexer o mínimo possível na paisagem, tentamos simplesmente encaixar a arquitetura no terreno”, explica o arquiteto Gustavo Martinhão.
O programa da Residência Quinta da Baroneza foi organizado em 995 m². A integração transmite amplitude às áreas e elimina barreiras para a paisagem. Um dos destaques é o fundo do lote, onde tem um cafezal. É para ele que estão voltados a área social e os dormitórios, com exceção da suíte máster.
A área social – living, varanda gourmet e piscina – é totalmente integrada e no mesmo nível. A intenção era que todos os espaços ficassem juntos para facilitar o contato entre os membros da família e, eventualmente, seus convidados. Grandes esquadrias de vidro de correr ficam embutidas no vão da parede. Quando abertas, permitem abertura total dos espaços e, quando fechadas, proporcionam privacidade.
A cozinha fica ao lado do living, mas é mais fechada. Uma abertura de vidro, voltada para o jardim fechado, permite a entrada de luz e ventilação naturais no espaço.
À esquerda do volume foi distribuída a área íntima, com quatro suítes, todas alinhadas e voltadas para o fundo do terreno, com vista para a piscina, com exceção da suíte máster, que ficou mais reservada e conta com uma varanda exclusiva e vista para o pôr do sol. Ainda nesse lado, há um home theater privado e uma sala íntima.
O acesso para a residência é feito por uma via em paralelepípedos num gramado. Esse caminho passa pela área social e segue para a garagem. A entrada principal é marcada por uma imponente porta em madeira freijó, protegida por uma pérgola em estrutura metálica e forro ripado de madeira, além de um aconchegante deck com duas jabuticabeiras.
A combinação dos revestimentos foi fundamental para criar contraste entre os volumes. Nas áreas íntimas, as venezianas ripadas de alumínio garantem a privacidade durante o dia e um lindo efeito de iluminação à noite.
O pavimento inferior é delimitado por um bloco de pedra madeira que serve de alicerce para o superior, mais leve, no qual predominam pintura em textura branca, vidro, concreto ripado e venezianas de alumínio na tonalidade corten.
“Queríamos um aspecto mais minimalista na fachada, então usamos o recurso dos ripados de alumínio, que funcionam com brise. Todas as portas e janelas dos quartos foram fechadas com esse material e podem abrir tipo camarão. Isso gera uma unidade para fachada quando está tudo fechado e quando aberto cria um movimento que quebra um pouco a monotonia”, menciona a arquiteta.
Os brises na fachada dos dormitórios conceberam uma condição climática bem favorável, pois, mesmo com os ripados fechados, os ambientes continuam recebendo iluminação e ventilação naturais.
A residência também conta com painéis solares para aquecimento das águas, tanto da piscina como da própria casa em si.
Por fim, para a decoração, os arquitetos buscaram trazer bastante aconchego. “Queríamos uma arquitetura mais contemporânea e minimalista. Esperávamos trazer um ar de casa de campo para esse projeto, então, usamos muitos tons de bege, madeira e couro marrom”, conclui Belluzzo.
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