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Art Pavillion

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No jardim da residência, estrutura projetada pelo Metro Arquitetos Associados une concreto, aço e vidro para guardar e expor as obras de arte da família. Imagens: Leonardo Finotti
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Arte em casa

Texto: Tais Mello

Uma importante e valiosa coleção de arte brasileira moderna e contemporânea, pertencente a um casal de colecionadores, recebeu um espaço especial, uma construção dotada de todos requisitos necessários para acomodar o acervo particular. O escritório Metro Arquitetos Associados projetou três estruturas implantadas em uma área de 2.200 m² de jardim – um pavilhão de exposições, uma casa de hóspedes e uma área de estar coberta – em um bairro residencial na cidade de São Paulo.

O pavilhão, que expõe e armazena as obras de artes, é um refúgio feito especialmente para contemplar a arte e receber convidados. “O projeto deveria resolver funcionalmente essas questões, mas com um caráter arquitetônico forte”, relatam os arquitetos e autores do projeto, Martin Corullon e Gustavo Cedroni. “Além disso, o jardim entre os edifícios também foi muito estudado, pois deveria servir de integração de todas essas funções e espaços”.


O pavilhão, que expõe e armazena as obras de artes, é um refúgio feito especialmente para contemplar a arte e receber convidados. Martin Corullon

Iluminação natural e materiais

Sem maiores dificuldades relacionadas ao terreno, que era suficientemente generoso para permitir uma implantação que realizasse a área coberta total desejada, com espaço livre para as outras atividades, os arquitetos investiram em uma estrutura basicamente em concreto armado. O resultado foi um volume simples, com 5,5 m de largura por 28 m de comprimento e pés-direitos com duas alturas diferentes. São duas paredes de concreto e uma estrutura de aço, além de um telhado dotado de uma claraboia redonda central e um espaço providencial entre o telhado e as paredes.

“A partir da operação de movimento de terra, para obter os platôs que nos interessavam, construímos uma série de muros que configuram os volumes principais. O pavilhão de exposições foi coberto com uma estrutura leve, em aço, que deixa uma fresta de luz em toda a volta do edifício”, relatam os arquitetos e autores do projeto, Martin Corullon, Gustavo Cedroni e Anna Ferrari. “Trata-se de uma solução ideal, porque permite a entrada de iluminação natural no ambiente”.

As formas e os materiais foram escolhidos baseados na funcionalidade exigida pelo projeto. “Precisávamos realizar desejos relativos à beleza, para conseguir criar o ambiente mais adequado”.

O pavilhão, que expõe e armazena as obras de artes, é um refúgio feito especialmente para contemplar a arte e receber convidados Foto: Leonardo Finotti

Programa e estruturas secundárias

O programa pouco usual – um espaço privado de exposição e guarda de uma coleção de arte, além da cobertura de madeira que articula o conjunto – levou os profissionais a trabalharem conceitos mais amplos. Assim, as estruturas complementam a casa principal e a própria cidade na qual está inserida, uma vez que é constituída de um espaço privado, uma área de sociabilidade intensa.


Por meio do uso de vegetação foi possível tornar os ambientes externos muito agradáveis, sem esconder ou alterar a presença forte da arquitetura. Martin Corullon

A segunda construção complementar é um cubo de concreto com área de 80 m², com uma grade irregular de madeira fechada por vidro e apoiado por apenas três colunas de aço. O cubo abriga um quarto de hóspedes em dois níveis.

O entorno

O fato de estar inserido em um grande jardim, permitiu manter generosas vistas para a vegetação do entorno e para a paisagem distante, o que é incomum em uma metrópole como São Paulo.

No paisagismo, o Metro Arquitetos Associados enfrentou o desafio de incorporar os grandes muros, com uma massa construída muito presente, ao ambiente agradável de estar. Martin Corullon explica que, “por meio do uso de vegetação foi possível tornar os ambientes externos muito agradáveis, sem esconder ou alterar a presença forte da arquitetura”. O projeto Art Pavillion teve forte influência do projeto expográfico da 30ª Bienal de São Paulo, trabalho simultâneo realizado pelos arquitetos, que rendeu férteis estudos e discussões sobre como exibir obras de arte.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2011
  • Conclusão da obra: 2012
  • Área do terreno: 1.020 m²
  • Área construída: 250 m²

Ficha Técnica

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