À frente do escritório Arquitetura Equestre, Diana Brooks assinou o projeto do Haras HWJ, situado próximo à cidade de Maringá (PR). A propriedade de mais de 24 hectares é a casa de cavalos Quarto de Milha campeões e, segundo a arquiteta, seu projeto teve como premissa priorizar o bem-estar dos animais, a qualidade de vida e a segurança de todos os envolvidos.
“Para este cliente, projetamos uma estrutura completa de haras. Entre seus equipamentos estão redondel de trabalho, andador automático, pista descoberta para esportes, área gourmet com vista para a área de apresentação, quarto de sela, depósitos de feno, cama, maquinários e veículos, além da edificação principal (a cocheira), onde ficam as baias dos cavalos”, descreveu Brooks, que praticou equitação por 15 anos. Ao todo foram criadas 34 baias para cavalos, sendo 4 para garanhões (cavalos machos que não foram castrados).
Embora esteja localizado bem próximo à cidade, quando se está no haras a sensação é de pleno contato com a natureza. Antes de chegar às cocheiras, durante o percurso do acesso social, o visitante entra em contato com os protagonistas do projeto: os cavalos.
Especialista em arquitetura equestre, Diana Brooks considerou todas as necessidades que cercam um equipamento tão complexo como um haras, a começar pela implantação das edificações, levando em consideração questões como insolação e brisa predominante.
“Procuramos analisar a direção do vento para que a poeira da pista não prejudique os outros ambientes, ou para que o mal cheiro, moscas e insetos da esterqueira não sejam levados para dentro das cocheiras e áreas sociais”, mencionou.
O quarto de sela, onde são armazenados os materiais de trabalho dos cavalos, possui uma porta giratória logo de frente para as duchas que facilita o manuseio do material pesado no dia a dia.
De acordo com a arquiteta, uma das exigências do cliente para este projeto era que tivesse um estilo clássico com elementos contemporâneos. Para resultar na estética desejada, foram propostos elementos como as tradicionais arandelas de vidro e ferro, as molduras de concreto e os caixilhos desenhados.
“Em contraposição à arquitetura clássica, elementos contemporâneos como a telha metálica termoacústica, a madeira natural presente nas portas e janelas com detalhes em ferro e o pórtico de entrada com volumetria reta trazem a leveza para que este estilo não fique rebuscado demais”, explicou.
Visando oferecer conforto aos animais, foram criadas janelas externas que captam a brisa fresca do verão e proporcionam uma ventilação cruzada para o pavilhão, além de possibilitarem aos cavalos apreciar a paisagem e fugir do tédio de dentro da sua baia durante o dia.
A zenital, que atravessa todo corredor central das cocheiras, inunda de iluminação natural a edificação e permite que os animais se beneficiem da luz do sol e se sintam mais próximos do seu habitat natural, no pasto.
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