Com um belo projeto arquitetônico assinado pelo arquiteto Rodrigo Simão, o Centro Comercial Vila Katharina atingiu o seu objetivo de revitalizar a região central de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro. Em 2.2248 m² de área construída, o empreendimento abriga 28 lojas, de formatos e fachadas variadas, e uma garagem no subsolo com vagas para 30 carros.
O programa da nova galeria envolveu a reforma do mercado popular – o camelódromo – aos fundos do estabelecimento, em parceria com a Prefeitura Municipal de Petrópolis, além da criação de banheiros públicos, canteiros com árvores nativas e requalificação das tendas e uniformes dos vendedores ambulantes da Praça Clementina de Jesus.
“A intenção era criar algo novo, um espaço que congregasse as pessoas, que estimulasse o fluxo da região e que atraísse pela arquitetura”, revela o arquiteto.
O uso de materiais como o concreto aparente e granito cinza serrado para piso do Centro Comercial Vila Katharina teve como objetivo conferir charme e rusticidade, de modo a agradar a todo tipo de público.
Além disso, essa escolha auxiliou para a otimização de etapas de mão de obra, material e andaimes, que seriam utilizados para a forração dos tetos e parapeitos das varandas, proporcionando, assim, economia.
De acordo com Simão, o piso de pedra cinza serrada é antiderrapante, tem perenidade e baixo custo. Possui palitos de pedra preta entremeados que criam padrões que não se repetem.
Perfis de aço aparente que compõe as fachadas das lojas também reduziram os acabamentos, sendo utilizada apenas pintura.
As fachadas das lojas do Centro Comercial Vila Katharina são compostas de forrações de madeira e peças de granito preto polido. Esses itens se contrapõem o concreto aparente com pilares e vigas metálicos dos volumes.
A claraboia, elemento central da galeria, propicia iluminação e ventilação naturais às lojas. Os vidros são temperados, laminados e refletivos.
Ao longo dessa claraboia, o arquiteto utilizou o conceito de vila, onde as fachadas não se repetem, ou seja, cada estabelecimento tem a sua particularidade. O que as difere é que algumas têm pé-direito duplo, uma tem beiral de madeira, outra tem varanda, outra tem janela de quina e assim por diante.
A premissa para a decoração era criar uma atmosfera única. As luminárias e o mobiliário foram desenhados especificamente para o projeto.
Ao centro, a circulação se alarga e cria um espaço onde são dispostas mesas para alimentação e permanência das pessoas. O local é marcado por um painel de mosaicos – de 3 x 2 metros – da artista Katharina Welper, esposa do arquiteto Rodrigo Simão, que, inclusive, inspirou o nome do centro comercial. “Trata-se de um mosaico todo feito com botões de camisa. Uma coisa linda”, conclui o autor do projeto.
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