Arquitetura como estratégia de marketing? A promoção de um negócio também pode ser feita por tijolos, concreto e, claro, um bom projeto. Mesmo que indiretamente, a concepção de uma edificação é passível de dialogar com os objetivos do empreendimento e enaltecer o ramo de atuação. No caso desta sede de empresa de engenharia, que teve projeto concebido por Andréa Gonzaga Arquitetura, bastou escolher precisamente os materiais para a propaganda se sobressair. “Toda a instalação é aparente, visto que o cliente trabalha com isso. Seu prédio é o seu cartão de visitas”, conta a arquiteta.
Para que os serviços e produtos ficassem ainda mais visíveis, apenas térreo e os dois subsolos tiveram base de concreto. A partir do mezanino e nos dois andares acima, a estrutura é metálica. Nessa execução mista, foi fundamental contar com empresa especializada no tipo de construção em metal.
Os responsáveis pelo trabalho atuaram em parceria com outros executores, incluindo a própria empresa da sede. Além do quesito estético e da questão estratégica, a escolha de materiais também atendeu a outra demanda do projeto – a rápida execução –, graças à pré-fabricação: “Todas as paredes internas são de gesso acartonado, inclusive os biombos das baias, o que agilizou a obra e simplifica eventuais modificações de layout ao longo do tempo”, explica Andrea.
A mobilidade de estrutura também está em consonância com as expectativas dos empresários, que estimam crescimento de atividades e, em consequência, do próprio prédio.
O edifício é ‘transparente’, tirando proveito também de uma vista privilegiada da cidade – e ainda, sem sobrecarregar o ar-condicionado, mesmo abandonando cortinas. “Como o terreno ‘cai para o fundo’, fizemos a diretoria e a presidência localizadas no extremo, onde temos o skyline da cidade de São Paulo”, conta Andrea, que aproveitou ao máximo as qualidades topográficas.
Um brise corta a incidência do sol na fachada norte e oeste, melhorando as condições internas. “Como o cliente é projetista e instalador de hidráulica e elétrica, trabalhamos para demonstração do que pode ser feito nessas áreas em termos de sustentabilidade”, acrescenta a arquiteta responsável.
Explorando luz natural, reduziu-se o consumo de energia com iluminação. E, apesar de haver elevadores, a arquiteta deu destaque às escadas, com o intuito de privilegiar seu uso, com dimensionamento e iluminação agradáveis.
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