O Espaço de Yoga Premavati, assinado pelo escritório Aguirre Arquitetura, foi pensado para funcionar como um oásis natural dentro da cidade de Uberlândia (MG). O projeto de arquitetura parte do conceito de integração com o verde da área externa que abraça o imóvel e traz um clima de pleno relaxamento.
Segundo o arquiteto Alexandre Aguirre, a antiga sede do Espaço de Yoga Premavati fora erguida em estrutura de madeira e encontrava-se num espaço extremamente aconchegante, rodeado pela natureza. “Nosso maior desafio para o novo local foi replicar esse bem-estar, quase como um ambiente de campo, porém na cidade”, introduz.
Um dos destaques do projeto arquitetônico fica por conta, ainda, da forma como foi implantado. A concepção buscou setorizar as funções de cada espaço (recepção, área de recreação, varanda, salas de aula e adminstração), dividindo a edificação em blocos.
Em detrimento disso surgem três blocos principais interligados por uma circulação que se estende por toda a edificação em forma de galeria. “Eles são espaçados uns dos outros e, nos seus entremeios, entramos com jardim para que todos os ambientes fossem envolvidos pela vegetação, que por sua vez é composta por plantas tropicais e árvores frutíferas”, complementa Aguirre.
A circulação é considerada pelo arquiteto como o ponto-chave do projeto. De acordo com ele, os ambientes acontecem paralelos a ela, o que permite ao usuário acessar qualquer espaço sem passar por outro.
As fachadas, em sua maioria formadas por portas de vidro, garantem a permeabilidade visual entre os ambientes do Espaço de Yoga Premavati e seu entorno. Além disso, o material beneficia a abundante iluminação natural, sobretudo, na porção leste com aberturas que banham o interior com o sol da manhã.
Outros materiais conferem clima de campo à edificação, como a estrutura metálica em pintura marrom, o forro em madeira, as portas em madeira e aço corten, e o piso em cimento queimado.
No quesito sustentabilidade, o arquiteto explica que a escolha pela estrutura metálica partiu justamente disso. Esse tipo de solução pré-montada deixa a obra mais seca e rápida, enquanto confere fácil manutenção ao imóvel.
Outra medida que vai ao encontro da questão sustentável é a instalação de uma cisterna, que capta a água da chuva a ser reutilizada em descargas e na irrigação do jardim. Placas de captação de energia fotovoltaica e telhas termoacústicas também foram incorporados ao projeto.
Como descreve o arquiteto, “reinterpretamos os quatro elementos da natureza. O ar, representado pela integração e leveza em toda a edificação; a terra, presente em toda a área verde e nas cores quentes e terrosas; o fogo, que corresponde à lareira externa móvel; e por último, a água através de um espelho d'água escultórico implantado em um dos jardins que entremeiam os blocos principais”.
Especialmente nesta área, o simbolismo trazido pela imagem de Ganesha (deus hindu Destruidor dos Obstáculos) também traz conforto com a água que escorre pelas laterais, transmitindo o som de cascata.
Já o projeto de interiores teve como premissa usar materiais naturais, como móveis em madeira e adornos em cerâmica. Para Aguirre, eles reforçam ainda mais a estética campestre e rústica do espaço de yoga.
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