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Adaptable architecture gallery on the Thames River

Adaptable architecture gallery on the Thames River
Sobre o rio Tâmisa, em Londres, uma balsa com estrutura de aço e vidro se desloca pela margem direita. A galeria móvel convida a refletir sobre a imprevisibilidade da ocupação humana na cidade. Imagens: Divulgação PAX Arquitetura
Adaptable architecture gallery on the Thames River
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Adaptable architecture gallery on the Thames River

Galeria flutuante

Texto: Tais Mello

No Rio Tâmisa, sobre uma balsa com metragem estabelecida de 33 m de comprimento por 9 m de largura, uma galeria flutuante basicamente de aço e vidro simboliza a dinâmica da cidade de Londres (Inglaterra), e expressa a imprevisibilidade da ocupação humana. A estrutura externa é composta de perfis de aço e sustenta a pele de vidro que a envolve. Já a interna, mais complexa, também é constituída de aço, embora incorpore uma técnica de corte computadorizado, que proporciona a customização de cada parte.

À noite, a luz é trabalhada sempre no piso, destacando e valorizando a construção de dentro para foraPaula Sertório As duas formas distintas – interna e externa – complementam-se e resultam em um espaço cuja leveza, transparência e permeabilidade visual constante possibilitam a relação com a cidade ao longo de todo percurso do rio. “Isso proporciona diferentes olhares e perspectivas da paisagem londrina”, reflete Paula Sertório, autora do projeto intituladoAdaptable architecture gallery on the Thames River, em conjunto com André Mack, Bruno Castro, Miguel Muralha, Thiago Florez e Victor Paixão, do escritório de arquitetura PAX.ARQ.

O diferencial do projeto, segundo Paula foi alcançar a forma desejada sem que esta inviabilizasse a utilização de um programa tão amplo e inusitado. O design da construção mostra intersecções de elipses alternadas, anguladas a partir da inclinação da escada, o que possibilitou a acomodação do programa nos espaços intersticiais, ou seja, entre as camadas interna e externa.

Para aproveitar ao máximo a iluminação, foi previsto o aproveitamento da luz natural durante o dia, que penetra através da estrutura segmentada, funcionando como um brise-soleil. “À noite, a luz é trabalhada sempre no piso, destacando e valorizando a construção de dentro para fora”, explica Paula.

Primeira camada

O primeiro layer – camada – é composto por três elipses que sugerem a ocupação dos espaços adjacentes e permite, através da estrutura vazada, a interação e visibilidade do usuário a partir de qualquer ponto. “Essa estrutura de aço interna traduz o projeto e sugere caminhos e percursos que proporcionam, inclusive, a circulação vertical”, explica Paula.

Sinuoso e fluido, o espaço permite individualizar eventos, gerando ambientes distintos, ou integrar todo o espaço da galeria por meio de projeções, hologramas, apresentações multimídia e experimentações virtuais, criando não mais um único ponto focal, mas um novo universo perceptivo.

Segunda camada

O segundo layer determina os limites da galeria e possibilita o máximo aproveitamento interno do Projetamos fachadas envidraçadas para garantir a iluminação natural e a vista de 360º do Rio TâmisaPaula Sertório espaço. Trata-se de uma forma rígida que garante o conforto ambiental e permite, por meio do sistema switchable glass, controlar a opacidade do vidro, adequando-se às necessidades das atividades internas. “Projetamos fachadas envidraçadas para garantir a iluminação natural e a vista de 360º do Rio Tâmisa”, informa Paula.

Para isso uma película popularmente chamada de smart window recobre a fachada, o que possibilita o controle absoluto da iluminação interna e permite projeções holográficas durante o dia. “Externamente, essa camada pode servir como suporte para propagandas e como veículo de mídias digitais, invertendo a perspectiva e trazendo os olhares para o rio Tâmisa”, observa a arquiteta.

Menção honrosa

O projeto do escritório PAX.ARQ ganhou Menção Honrosa no concurso internacional de ideias ‘London 2008’, promovido pelo grupo Arquitectum, que teve como objetivo projetar uma galeria móvel que deveria se deslocar pelo Rio Tâmisa (River Thames), em especial ao longo da margem sul, que corta a capital inglesa. A proposta precisava se adaptar ao movimento do rio e às diversas demandas de um espaço de exposição, assim como ser compatível ao clima londrino.

Escritório

  • Local: IN, Reino Unido
  • Início do projeto: 2008
  • Conclusão da obra: 2008
  • Área construída: 500 m²

Ficha Técnica

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