Projetada para estimular a interação entre os funcionários, a nova sede da KPMG em São Paulo – empresa especializada em consultoria – ganhou espaços mais otimizados e postos de trabalho compartilhados com conceitos atuais da arquitetura corporativa, espaços para área colaborativa e de descompressão, cafeteria e salas de reunião.
As antigas instalações, por serem divididas entre três diferentes escritórios separados por distâncias significativas na cidade, não atendiam mais de maneira produtiva as necessidades dos profissionais: mobilidade e dinâmica.
Com a premissa de aplicar o conceito ‘World Place of The Future’ de estratégia global – que estimula implantações de dinamismo e logística de ocupação de espaços –, o escritório de arquitetura Athié Wohnrath projetou a realocação de toda a empresa em sete andares de um edifício com certificação LEED Gold, localizado no bairro do Morumbi. “Em um momento muito especial para a companhia, pela comemoração do centenário de sua trajetória no Brasil, introduzimos de maneira definitiva o conceito totalmente integrador e sustentável já utilizado em seus escritórios do exterior para reforçar a identidade corporativa”, destaca o arquiteto responsável pelo projeto Sérgio Athié.
Característico de empresas de consultoria, o ‘ir e vir’ muitas vezes atrapalhava o dia a dia dos funcionários, pela necessidade de visitar clientes e trocar de escritório. Com o novo projeto arquitetônico, os funcionários ganharam postos de trabalho mais flexíveis – ideais para a rotina corrida. De acordo com Athié, o conceito foi aplicado para otimizar as áreas de locação. “Para que os funcionários ganhem mais liberdade e não percam tanto tempo ao se instalar novamente na mesa de trabalho, criamos áreas de colaboração que não eram tão presentes nas instalações anteriores. Ou seja, hoje mesas compartilhadas e conectadas estão disponíveis para facilitar a mobilidade”, explica. Além disso, todos têm acesso a escaninhos para guardar equipamentos e pertences em geral.
Salas de reunião informais também foram criadas, tanto para estimular o trabalho coletivo – cada vez mais importante nas empresas –, quanto para realizar tarefas individuais com eficiência. “Os espaços de reuniões internas estão muito adjacentes às áreas de trabalho. Ao invés de, por exemplo, ler um contrato, elaborar uma proposta ou fazer uma conferência online nos ambientes comuns de negócios, muitas vezes com ruídos inevitáveis, os funcionários podem usufruir dessas áreas desenhadas especificamente para esse fim”, ressalta o arquiteto.
Um dos andares foi especialmente projetado para abrigar as salas de reunião mais formais, onde os clientes são recebidos. “Era ideal que esse andar fosse de alguma forma segregado, para evitar a circulação dos clientes nos espaços de trabalho e garantir sua privacidade e a dos funcionários”.
As instalações foram projetadas para obtenção da certificação LEED Gold. Devido à maior entrada de luz natural e um projeto luminotécnico mais econômico, o novo escritório teve redução de 50% no consumo de energia. A disposição das áreas de trabalho próximas às janelas, a escolha de luminárias e lâmpadas LED, o uso de equipamentos elétricos certificados e sensores de presença que controlam 100% da iluminação também foram essenciais para melhorar a eficiência energética dos ambientes.
A escolha de materiais com alto conteúdo reciclável, como o carpete – composto por 42% de elementos recicláveis –, também foi importante, assim como a gestão de resíduos, que garantiu que 75% dos materiais extraídos da obra fossem encaminhados à reciclagem.
É muito gratificante saber que a mudança melhorou a operação da empresa Sérgio AthiéO escritório também consegue reduzir até 40% o consumo de água com o uso de dispositivos sanitários economizadores.
Por ser implantado em um prédio de última geração, o novo escritório aproveita e otimiza ainda mais as facilidades. A ideia era ocupar um espaço onde a empresa pudesse crescer sem precisar alugar mais áreas. “Não é sempre que a empresa está com 100% do staff no escritório. Muitas pessoas ficam em atividades externas, tiram férias ou licença. Por isso implantamos um ambiente totalmente versátil para acomodar o crescimento constante e o número variável de pessoas dentro daquela mesma área a longo prazo”, completa Athié. O arquiteto também ressalta a importância do projeto arquitetônico para a redução de custos da empresa. Unificando os escritórios em um, junto a soluções mais econômicas e funcionais, foi possível otimizar os custos e recursos.
Como a KPMG estava há muito tempo ocupando diferentes endereços, sua identidade também precisava ser reforçada. Para isso, o projeto de interiores com espaços mais coloridos e mobiliário prático foi essencial. “ Ficamos felizes com o resultado estético, mas isso não é o mais importante. É muito gratificante saber que a mudança melhorou a operação da empresa”, conclui o arquiteto.
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