Nas mãos do escritório Kruchin Arquitetura, o projeto de restauração do Palácio da Justiça, localizado em São Paulo, tinha como objetivo a modernização da infraestrutura operacional e a conservação do conjunto arquitetônico tombado.
Segundo os arquitetos, algumas dificuldades surgiram ao longo do trabalho. Uma delas referia-se às vibrações originadas pelo metrô que passa na vizinhança e é responsável por grande parte dos problemas ocasionados na estrutura.
Como solução, os arquitetos criaram lambris técnicos que foram aplicados entre as paredes já existentes, sem interferir nos revestimentos de piso, forro e pinturas, abrigando toda a nova infraestrutura, como instalações de elétrica e sistema de climatização.
Nas fachadas, os arquitetos recuperaram a massa raspada em sua tonalidade original. “A redescoberta do seu colorido original, de sua iluminação e até mesmo da compreensão da natureza bastante particular da organização dos seus espaços, é um dos diferenciais do projeto”, comenta o arquiteto Samuel Kruchin.
O layout foi previsto de modo a minimizar a intervenção em elementos originais. “Por se tratar de um projeto de restauro de um edifício com linguagem eclética, sua representação deveria ser mantida”, explica Kruchin. Apenas novos elementos de apoio puderam ganhar desenho mais moderno, como as rampas, as divisórias, os sanitários, entre outros.
Quase todos os espaços do palácio, como a sala de julgamento, a sessão de júri e o salão da plenária, já vieram com seus desenhos pré-definidos. As pequenas salas do 4º e do 6º andar, contudo, foram integradas a fim de criar ambientes mais amplos.
O diferencial do projeto de iluminação é a utilização de novas propostas de luminárias associadas às originais da edificação, assim como o controle dimerizável para alcançar uma proposta mais sustentável.
Uma das premissas do projeto foi a automação, presente no controle dos dispositivos do sistema de elétrica, hidráulica, ar-condicionado, segurança patrimonial, CFTV e controle predial.
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