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Indústria Comunitária na Amazônia

Indústria Comunitária na Amazônia
O Estúdio Gustavo Utrabo idealizou a Indústria Comunitária na Amazônia (ICA) para a Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (COMARU). Imagens: Divulgação Estúdio Gustavo Utrabo
Indústria Comunitária na Amazônia
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Fábrica comunitária

Texto: Vitória Oliveira

O Estúdio Gustavo Utrabo idealizou a Indústria Comunitária na Amazônia (ICA) para a Cooperativa Mista dos Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (COMARU).

O projeto foi concebido de forma totalmente sustentável e com a participação da população. Será dedicado à expansão da produção de óleos e contemplará também biscoitos e farinhas extraídos da castanha-do-Pará.

A demanda surge após a realização de uma barragem próxima ao rio Iratapuru e a formação de uma lagoa de contenção - que ocasionou o reassentamento da comunidade extrativista que ali vivia. Essa população - realocada para um novo tecido urbano, também às margens do rio -, passou a ter mais interação e expandir sua capacidade produtiva. Recebeu, ainda, parte da repartição de lucros obtidos pela empresa Natura (que utiliza o óleo de castanha para produção de cosméticos). Daí nasceu a ICA: um sonho de futuro próspero para essa comunidade ribeirinha.

 Foto: Divulgação Estúdio Gustavo Utrabo 

A fábrica tem acesso único e difícil através de barcos. Sua construção pode ser implementada em fases, como se evolui com o tempo, de acordo com o crescimento da capacidade produtiva, cultural e econômica da região. Por isso, explora técnicas claras e replicáveis, que permite sua evolução gradual. Foi pensada com um campo coberto e volumes independentes, porém, articuláveis.

O projeto está organizado em duas frentes e explora diferentes técnicas construtivas. A primeira é a estrutura de madeira executada localmente. O elemento confere sombras aos espaços, demarca território e potencializa a conexão entre as áreas abertas, de funções mais livres; e os ambientes fechados, de usos específicos.

Já a segunda, feita em tijolos de solo-cimento prensados em canteiro e secos ao sol, configura volumes distintos com funções definidas e podem ser construídos ao longo do tempo.

Os moradores da comunidade serão capacitados para trabalhar na construção da ICA, já que 80% da mão de olbra deve ser local. Quando concluída, a fábrica deve gerar, pelo menos, mais de 100 vagas de trabalho.

Veja outros projetos na Galeria da Arquitetura:

Pátio Cianê, por Bassichetto Arquitetura e Designcorp

SICPA, por LoebCapote


Escritório

  • Local: AP, Brasil
  • Início do projeto: 2019
  • Conclusão da obra: 2020

Ficha Técnica

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